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Almoço de protesto contra fecho da cantina

Almoço de protesto contra fecho da cantina

Trabalhadores da EMEF exigem obras nas instalações encerradas por falta de condições

Um refeitório improvisado foi montado junto às instalações da EMEF, no Entroncamento. Essa foi a forma encontrada pelos trabalhadores para protestarem contra o encerramento da cantina onde almoçavam há mais de trinta anos.

Mais de duas centenas de trabalhadores almoçaram no dia 15 à entrada das instalações da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, SA), no Entroncamento, como forma de protesto pelo encerramento da cantina onde habitualmente tomavam as suas refeições. Novo almoço de contestação está marcado para 29 de Abril, desta vez junto ao conselho de gerência da CP, em Lisboa.Mesas, cadeiras e chapéus-de-sol foram montados na zona defronte dos portões da EMEF. Os adereços deram colorido à encenação de um refeitório substituto do que os trabalhadores utilizaram durante mais de trinta anos e que foi encerrado a 26 de Março último, após uma comissão de vistoria ter verificado que o local não apresentava as mínimas condições para continuar em funcionamento.Com o almoço ao ar livre os funcionários pretendem pressionar o conselho de gerência da CP, a quem pertencem as instalações encerradas, a fazer as obras necessárias para que a cantina reabra com as condições de higiene e sanidade exigíveis. E a luta promete continuar tendo sido aprovada, no plenário que se seguiu ao almoço, nova refeição de protesto para dia 29, junto ao conselho de gerência da CP, em Lisboa. Quando a CP optou por fechar a cantina, a EMEF decidiu arranjar um espaço onde os seus trabalhadores pudessem tomar as refeições. Mas a solução não agradou aos utentes. “Se há um novo espaço ele deve ser vistoriado para ver se tem condições”, afirma Américo Leal, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.A vistoria a esse espaço já foi feita segundo disse a O MIRANTE o director do grupo oficinal do Entroncamento da EMEF, Carlos Simões, acrescentando que falta a entrega do relatório. “No entanto, como não houve qualquer indicação para fecharmos o espaço, estamos convencidos que tem condições para funcionar como refeitório”, acrescentou o responsável.Mas os trabalhadores continuam “à espera da resposta da CP e da EMEF à moção aprovada no plenário de trabalhadores realizado no dia 2 de Abril”. Nesse documento, os trabalhadores exigiam a “orçamentação das obras” para que a cantina possa continuar a funcionar com refeitório, serviço de refeições e bar, a data de início e fim dos trabalhos e ainda a criação de alternativas para o período em que decorressem as obras.Neste meio tempo os trabalhadores da EMEF que trazem comida de casa, têm usado o refeitório da oficina do vapor, pertença da Câmara Municipal do Entroncamento, e os outros almoçam nos restaurantes da zona.Deixando de haver serviço de refeições, os trabalhadores, que este ano terão um aumento de 1,95 por cento, vão ver o seu orçamento mensal reduzido em “pelo menos 35 euros”, segundo as contas do sindicato. Para além desta redução, “perde-se uma regalia (bar, refeitório e serviço de refeições) que remonta ao antes do 25 de Abril, abre-se a porta à perda de outros direitos já conquistados”, lê-se na moção aprovada no plenário que se seguiu ao almoço de protesto de 15 de Abril. O MIRANTE tentou obter a posição do conselho da administração da CP, através de e-mail, mas até à hora de fecho desta edição não nos foram fornecidos quaisquer informações. Anteriormente, em notícia publicada na edição de 8 de Abril, a posição da CP era de não realizar obras na cantina, dado que ela foi feita para servir mais de mil refeições por dia e, neste momento, menos de uma centena de trabalhadores poderiam fazer uso das instalações.
Almoço de protesto contra fecho da cantina

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