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Discussão acaba com tiro na cabeça

Jovem de 24 anos assassinado nos Casais Lagartos, Cartaxo

Um tiro na cabeça acabou com a vida de um jovem em Casais Lagartos, após uma discussão que começou num café da aldeia do concelho do Cartaxo. O alegado homicida aguarda julgamento em prisão preventiva.

Um jovem de 24 anos foi assassinado com um tiro na cabeça depois de se envolver numa discussão com um homem de 54 anos no interior do Café Cabaça, no Largo do Comércio, no centro dos Casais Lagartos (Cartaxo), na noite de sexta-feira, 16 de Abril.“Ginete”, como era conhecido na terra o jovem Joaquim Pedro Henriques, entrou no café pouco depois das nove da noite, quando o autor do crime falava com um outro cliente e interrompeu a conversa. “O homem não gostou. Puxa pela pistola e diz-lhe: Estás a vê-la?”, recorda a proprietária do café, Maria Luísa Silva, 72 anos, uma das poucas pessoas que se encontrava no interior do estabelecimento. Joaquim Pedro Henriques não se deixou amedrontar pela pistola que pensou ser de alarme e começaram os insultos. O homem mais velho ainda tentou que saíssem do estabelecimento, mas os dois envolveram-se de imediato numa briga até à porta do café. “O rapaz era um matulão e o outro uma fraca figura”, descreve a comerciante. Do interior do balcão Maria Luísa só ouviu um estrondo e viu o fumo a sair da pistola, calibre 6,35, ilegal, que o indivíduo mais velho usou para o atingir, acertando-lhe por detrás da orelha. O homicida ficou imóvel a olhar para o corpo. Maria Luísa acha que o autor do disparo nunca chegou a pensar que o poderia matar. Joaquim Pedro Henriques faleceu pouco depois.Segundo apurámos, as discussões entre os dois homens eram comuns apesar de Ginete frequentar muitas vezes a casa do homicida para “patuscadas”. Os populares comentam que era vulgar ver o jovem arranjar problemas com várias pessoas na terra. “Já estávamos à espera que qualquer dia acontecesse uma coisa semelhante”, confessa uma das vizinhas. O jovem já possuia antecedentes criminais e chegou a estar preso por conduzir sem habilitação própria.Joaquim Pedro Henriques era pedreiro e vivia com os avós nos Casais Lagartos, a mesma terra onde residia o autor do disparo, já reformado. Quem chegou a conviver com o homicida garante que era um homem pacífico e que não provocava grandes distúrbios. Depois da chegada das autoridades, o autor do disparo fatal não ofereceu qualquer resistência. No sábado de manhã foi presente ao Tribunal de Santarém, tendo-lhe sido aplicada a medida de prisão preventiva enquanto aguarda julgamento. O arguido recolheu ao Estabelecimento Prisional das Caldas da Rainha.

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