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“A minha profissão é ser presidente”

Justino Oliveira cumpre o segundo mandato como autarca em Aveiras de Cima
O presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, Justino Oliveira, um reformado de 65 anos, dedica-se a tempo inteiro à actividade autárquica. Cumpre o seu segundo mandato na junta, depois de ter passado por todos os órgãos autárquicos como eleito da CDU.Reformou-se antecipadamente aos 52 anos da empresa de refinação de petróleo Sacor. Quando assumiu o cargo de presidente de junta começou a dedicar-se de corpo e alma à freguesia. “Trabalho mais do que a tempo inteiro. A minha profissão é ser presidente”.Iniciou o percurso político integrando uma lista independente na Assembleia de Freguesia de Aveiras de Cima em 1977. Só dois anos depois se filiou no Partido Comunista. No mandato seguinte foi eleito membro da assembleia municipal. Em 1983 fez parte da lista da CDU que concorreu à câmara e ganhou as eleições. Começou por ser vereador sem pelouros até que por indisponibilidade de um dos elementos passou a ter responsabilidades executivas. Em 1985, quando o socialista João Benavente foi eleito como presidente da Câmara Municipal de Azambuja, ocupou o cargo de vereador da oposição.Justino Oliveira saiu da terra com apenas 14 anos. “Na época o trabalho aqui era na agricultura eu não tinha condições físicas para isso. A solução foi ir para Lisboa trabalhar de dia e estudar à noite”.Foi assim que concluiu o Curso Geral de Comércio. De início a vida na capital não foi fácil. “Davam-se alimentação e dormida num vão de escada de uma vivenda. Eu pagava ajudando a vender pão”.Conseguiu o primeiro emprego num agente comercial nos Restauradores. Entre outros empregos, trabalhou como escriturário no Diário de Notícias e ainda tentou ingressar no Instituto Comercial, mas na altura já tinha posto de lado os livros de escola e andava mais ocupado com leituras de cultura geral. “Lia tudo o que arranjava nas bibliotecas porque não tinha dinheiro para livros”.Depois de alguns anos em Lisboa voltou a Aveiras em 1973. Durante vários anos viajou de comboio entre Azambuja e Lisboa. “Quando chegava a Azambuja esquecia o trabalho. Quando chegava a Santa Apolónia esquecia o associativismo”.Depois de 25 anos de serviço na Sacor saiu com a reforma antecipada magoado com os critérios de subida na empresa que se baseavam na confiança política.É pai de uma rapariga de 20 anos e de um filho de 30 e vive com a sua mãe, de 87 anos, “que ainda mexe lá por casa”. O grande objectivo do presidente é continuar a servir a população de Aveiras de Cima. “As minhas acções vão sempre no sentido de servir o máximo de pessoas. Rego-me por princípios e se calhar as pessoas apreciam isso porque me renovaram o mandato”.

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