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Benavente simulou acidente grave

Benavente simulou acidente grave

Autocarro capotou depois de colisão com ligeiro
Um autocarro com cerca de 30 passageiros chocou com um ligeiro e capotou de seguida num entroncamento da rua Álvaro Rodrigues de Azevedo, próximo das piscinas de Benavente. Vinte e quatro pessoas ficaram feridas, há suspeita de vítimas mortais e há várias pessoas encarceradas. Foi um simulacro na sexta-feira, 23 de Abril, mas a situação podia ser real e por isso o exercício foi o mais aproximado possível da realidade.Poucos minutos depois das 15 horas, um casal saiu de uma carrinha que passava no local, retirou o motorista do autocarro para fora e gritou por socorro. “Chamem os bombeiros”. Cinco minutos depois, chegou o primeiro carro dos Bombeiros Voluntários de Benavente que fez a primeira avaliação e catalogou as vítimas por ordem de prioridade. Entretanto chegaram mais meios, ao todo foram 17 viaturas dos Bombeiros Voluntários de Benavente e Samora Correia e quase 50 socorristas que contaram com a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Vila Franca de Xira e a respectiva equipa médica do INEM.Todos os intervenientes sabiam da hora e do local da ocorrência, mas desconheciam o cenário que iriam encontrar. Para dificultar a vida aos bombeiros e militares da GNR, um curioso recrutado pela organização, irritou-os com comentários pouco abonatórios da sua actuação. Um bombeiro quase que perdeu a paciência. A maioria dos falsos “feridos” eram alunos e professores das escolas de Benavente e alguns colaboradores recrutados pela organização. Foram caracterizados e houve membros amputados, hemorragias graves, traumatismos complicados, fracturas e até um aluno que “tinha as tripas de fora”. No interior do autocarro os “feridos” queixavam-se do forte calor e do mau cheiro da viatura que foi retirada dum sucateiro para participar no simulacro. Duas horas depois do acidente ainda havia feridos a serem assistidos no local. Uma mulher grávida que viajava no banco de trás do ligeiro, a técnica de serviço social da câmara, Maria do Carmo, saiu pelo seu próprio pé com a ajuda de outra ocupante, hora e meia depois do acidente. Depois do tejadilho do carro ser cortado e de terem suportado uma temperatura de 26 graus.O comandante dos Bombeiros Voluntários de Benavente, Domingos David considerou que “houve pormenores que não correram bem”, mas é para isso que servem os simulacros.Os socorristas, os médicos e paramédicos, os agentes da GNR e todos os agentes envolvidos foram avaliados por Manuel Veloso (ex- Inspector do Serviço Nacional de Protecção Civil), pelo comandante Luís Pimentel (ex-chefe dos Bombeiros Sapadores de Lisboa), pelo médico Ernesto Correia (delegado de saúde do concelho) e pelos comandantes da GNR. Os militares foram “enganados” com um falso alarme de bomba na Escola Secundária de Benavente ao mesmo tempo do simulacro, numa atitude que não agradou ao comandante do posto de Samora Correia, Ramos Pereira. É que a brigada de minas e armadilhas estava numa situação real quando foi solicitada a vinda a Benavente.O presidente da câmara, os vereadores e o coordenador da protecção civil assistiram ao simulacro e receberam a visita dos seus congéneres de Salvaterra de Magos que estão a preparar o gabinete de protecção civil. O relatório do simulacro será agora discutido na próxima reunião do Serviço Municipal de Protecção Civil de Benavente.Dois feridos reaisDurante o simulacro dois jovens ficaram feridos a valer. Uma rapariga de 13 anos que estava a assistir à operação desmaiou e caiu violentamente no chão. A jovem foi assistida pelos bombeiros e pelo médico Ernesto Correia antes de ser levada ao Centro de Saúde de Benavente. Um rapaz que participava no simulacro cortou-se no joelho e depois de socorrido no local foi observado no centro de saúde.
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