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Contas atrasadas

Oposição critica Câmara da Chamusca na reunião da assembleia municipal
A apreciação das contas de gerência de 2003 da Câmara Municipal de Chamusca, que devia ter sido agendada para a reunião da assembleia municipal que se realizou na sexta-feira, foi mais uma vez adiada. Uma situação que já se repete há dois anos e que motivou fortes críticas da oposição. O presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), lamentou a situação e considerou-a grave. Mas não deu uma razão plausível para o atraso. “Temos tido alguma dificuldade em implementar o POCAL – Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais, e embora o pessoal se tenha desdobrado não conseguimos ainda terminar os lançamentos dos documentos de despesa. Vamos ter que aguardar mais um mês para então apresentarmos as contas”, explicou o autarca.A bancada do PS considerou que este atraso na apresentação das contas “é uma falta de respeito para com a assembleia, porque não se encontra outra explicação para o facto”. Os socialistas não concordam com as explicações “esfarrapadas” do presidente, que são iguais todos os anos, e enviou uma recomendação para a mesa para que trimestralmente seja entregue à assembleia um relatório sobre a situação das contas.Também os eleitos do PSD se insurgiram. “Lamentamos que esta situação se repita todos os anos. E lamentamos ainda mais porque já houve uma chamada de atenção do Tribunal de Contas”, afirmou Aurelina Rufino.“Gestão ruinosa”Os eleitos do PS apresentaram ainda uma moção em que consideram ruinosa a gestão da câmara durante o “reinado” de 26 anos da CDU. O PS garante que “os largos milhões de euros do actual endividamento da câmara são resultado de uma gestão desequilibrada e sem qualquer planificação onde, desde despesas desregradas até às célebres obras “planeamento pé no chão”, tudo se tem passado, e o resultado está aí”.A bancada da CDU e Sérgio Carrinho, consideraram injustas as críticas, porque muita obra foi feita. “Não se pode englobar nas críticas todo o trabalho realizado em 20 anos, é uma crítica injusta e desajustada, mas compreendemos o que o PS pretende, porque estamos em altura de eleições”.Os eleitos do PSD alinharam nas críticas com o PS, concordaram que se fez muita obra, mas contestaram sobretudo as opções, acrescentando que não houve planeamento para o desenvolvimento do concelho.Contudo a moção do PS foi rejeitada pela maioria da CDU e também com o voto contra de Aurelina Rufino.Dos 14 pontos da ordem de trabalhos, que foram aprovados quase todos por unanimidade, destacam-se a aprovação do planeamento e procedimento sobre a implementação no concelho de futuras captações de energias renováveis e a aprovação das normas de utilização do pavilhão gimnodesportivo pela comunidade extra-escolar.

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