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Falsificavam e vendiam carros roubados

Julgamento em Vila Franca de Xira
São sete os arguidos acusados de envolvimento numa rede que se dedicava ao furto e falsificação de viaturas, que depois de alteradas eram vendidas. Três arguidos encontram-se em prisão preventiva e dos restantes quatro, apenas um compareceu no Tribunal de Vila Franca de Xira. Os três arguidos ausentes serão julgados à revelia. Estão arroladas 72 testemunhas entre inspectores da PJ, representantes das Companhias de Seguros e empresas de leasing, vendedores de salvados e proprietários dos carros furtados. Os arguidos presentes, todos eles de descendência africana, têm residência em Vialonga, idades compreendidas entre os 24 e os 30 anos e trabalhavam na construção civil.Os homens estão acusados de vários crimes de furto, falsificação e burla. A acusação sustenta que, pelo menos desde 1999, até Março de 2003, os arguidos terão furtado vários veículos nos concelhos de Vila Franca, Loures, Sintra e Seixal. Segundo o Ministério Público, os elementos desta “rede” adquiriram, em “sucateiros” de Benavente e Sacavém, viaturas acidentadas (salvados) que coincidissem com as marcas e os modelos dos veículos furtados. Já na posse dos documentos dessas viaturas, que lhes era facultado na altura da compra, os arguidos retiravam os números de matrícula e de chassis desses carros e substituíam-nos pelo dos veículos furtados. As investigações da PJ concluíram que pelo menos 13 viaturas foram alteradas desta forma e posteriormente vendidas a terceiros e que os arguidos terão tido lucros na ordem dos 40 mil euros. Ainda durante a primeira sessão, no dia 3 de Maio, o tribunal ouviu o testemunho de João Ferreira Marques, um dos inspectores da PJ que seguiu de perto toda a investigação. Apesar de toda a vigilância montada em torno dos arguidos, nenhum deles foi apanhado em flagrante delito e a PJ não conseguiu apurar em que oficina (ou local) se procederia à troca das chapas de matrícula e à alteração do número dos chassis. O inspector referiu ainda que, estas alterações requeriam a presença de um bate-chapas bastante experiente, uma vez que quase todas elas estavam muito bem dissimuladas. “As chapas substituídas eram soldadas, mas depois ainda pintavam e disfarçavam a soldadura. Até mesmo para nós, numa primeira observação, era muito difícil detectarmos o processo”, confessou. O julgamento vai continuar na próxima semana com a audição de mais testemunhas.

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