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Preso dezassete anos depois do crime

Condenado por homicídio detido à porta da prisão quando visitava um filho

O homem acusado de ter morto o cunhado num café de Foros de Salvaterra, há 17 anos, foi preso na quinta-feira à porta da cadeia do Montijo quando se preparava para visitar um filho.

Um homem condenado por homicídio há 17 anos foi preso na quinta-feira, 29 de Abril, quando se preparava para visitar o filho na prisão do Montijo. O homem, com cerca de 40 anos, de etnia cigana, era procurado pelas autoridades há 17 anos, desde que foi acusado de ter morto a tiro um familiar num café em Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos.O indivíduo, julgado à revelia e condenado a 18 anos de prisão pelo Tribunal de Benavente, foi detido pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Coruche. Os investigadores montaram vigilância ao homicida e sabiam que este iria visitar o filho à cadeia onde se encontra a cumprir pena por vários furtos. O homem não ofereceu resistência no momento da detenção, embora se mostrasse algo surpreendido. “Talvez não esperasse ser preso tanto tempo depois”, disse fonte da GNR.Agora o indivíduo está a fazer companhia ao filho. Para já foi condenado a prisão preventiva, uma vez que, de acordo com a lei, e por ter sido julgado à revelia, tem cinco dias para recorrer da pena que lhe foi aplicada. Terminado este prazo, e se não houver recurso, o tribunal irá decidir se cumpre a pena no Montijo ou se vai para outra prisão.Entretanto a pena de 18 anos deverá ser agravada uma vez que o homem será acusado de fuga à justiça. Segundo O MIRANTE apurou junto de fonte próxima do processo, a investigação do NIC foi desencadeada quando uma mulher se queixou de ter sido ameaçada de morte pelo indivíduo e manifestou receio porque, alegadamente, o mesmo homem já tinha morto um familiar há 17 anos. Os investigadores solicitaram um mandado de busca ao Tribunal de Benavente e conseguiram localizar o homem que nos últimos tempos terá vivido na Chamusca depois de uma alegada fuga para Espanha após o crime.Segundo apurámos, o homicida viveu os últimos anos na região e esteve várias vezes perto do local do crime, num acampamento cigano na Barragem de Magos. O condenado nunca foi interceptado pelas autoridades. Nas visitas à prisão, o homem apresentou um bilhete de identidade legal e, segundo os familiares, não precisou de utilizar “grandes disfarces” para fugir à polícia durante tanto tempo. Na altura do crime não foram apuradas as causas do disparo fatal. Sabe-se que houve uma grande discussão e que o homem, que tinha 23 anos, fugiu depois de se aperceber que tinha morto o cunhado e primo. A vítima, um homem conhecido por “Malange”, era um pouco mais velho que o autor do disparo e na origem do confronto terão estado divergências familiares.

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