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Segurança em xeque

Segurança em xeque

Falta de meios na GNR de Almeirim preocupa autarcas

O posto da GNR de Almeirim tem 13 militares ao serviço. O número de efectivos é insuficiente e por vezes é preciso recorrer à ajuda do posto de Alpiarça. Os autarcas dizem que se está perante um caso de insegurança grave e exigem a resolução imediata do problema.

A insegurança no concelho de Almeirim “está a atingir uma situação grave”. As palavras são do presidente da câmara, José Sousa Gomes, e os números confirmam a apreensão. O posto da GNR tem 13 militares. Os mesmos que há dez anos, quando a esquadra da PSP foi extinta na cidade. Nos últimos quinze dias registaram-se quatro assaltos a estabelecimentos comerciais. No último assalto foram usadas armas e feitas ameaças aos moradores. Nos últimos tempos é raro encontrar guardas a policiar a cidade. Nem para multar os carros mal estacionados. As patrulhas chegam a ser feitas com o recurso a elementos do posto de Alpiarça, que tem 11 elementos e metade da área de Almeirim para policiar. Nestes casos os patrulhamentos abrangem os dois concelhos. A situação é em parte confirmada pelo comandante distrital da GNR. O tenente-coronel Carlos Alberto admite que “os meios que existem nunca são aqueles que gostaríamos de ter”. Mas acrescenta que a situação do posto de Almeirim é transitória, garantindo que a partir do dia 9 o quartel vai ser reforçado com quatro elementos. O comandante distrital reconhece que os 13 militares disponíveis para o concelho não são suficientes para garantir todas as funções durante 24 horas por dia. Daí recorrer-se à ajuda do posto vizinho. A situação deve-se, em seu entender, a factos alheios ao comando. E explicou que dois militares destacados no posto da GNR de Almeirim tinham sido transferidos da Brigada de Trânsito e foram agora reintegrados. Há ainda dois guardas suspensos de funções devido a processos em tribunal por suspeitas de corrupção e existem também elementos de baixa médica e a gozar férias. Para o presidente da Câmara de Almeirim a situação está pior do que há dez anos quando a GNR policiava as três freguesias rurais (Raposa, Benfica do Ribatejo e Fazendas de Almeirim) e o policiamento da cidade estava nas mãos da PSP, cujo posto foi desactivado. “Quando a polícia saiu os efectivos da Guarda aumentaram. Parecia que estavam reunidas as condições para um policiamento eficaz, mas agora a situação é grave”, sublinha Sousa Gomes (PS). A assembleia municipal, reunida dia 29, aprovou por unanimidade uma moção em que reclama uma solução urgente para o problema. Os deputados municipais exigem o reforço do posto com meios humanos e materiais e a implementação de um posto móvel da GNR em Benfica do Ribatejo e Fazendas de Almeirim. Se as medidas não forem cumpridas, dizem, é possível que a população se veja obrigada a “agir e recorrer a meios próprios de defesa”. A moção vai seguir para o primeiro-ministro, grupos parlamentares da Assembleia da República, governador civil e comando da GNR.
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