A Semana da Ascensão da Chamusca vai custar menos, mas não vai ser menos animada. Quem o garante é o vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro da cultura, Francisco Matias. A crise económica obriga a apertar o cinto e a cortar nas despesas mas quando há engenho e arte segue a festa. Até porque tristezas não pagam dívidas.Em termos orçamentais cortou-se nas refeições oferecidas aos grupos, na iluminação, cancelou-se o desfile etnográfico e negociaram-se espectáculos musicais ao cêntimo. A música do palco principal que o ano passado custou 115 mil euros, vai custar 65 mil este ano. Se alguém der pela diferença em termos de animação merece um prémio. A Ascensão pode manter o “slogan”: “Não há festa como esta!”. Os foliões podem continuar a ostentar as fitas vermelhas com a famosa frase: “Estou em Ascensão”. Música a rodos, largadas de toiros, touradas, colóquios, petiscos. Está lá tudo o que costuma estar. E o S. Pedro que ajude porque os patrocinadores já abriram os cordões à bolsa.A Semana da Ascensão, na Chamusca abre mais cedo na sua décima nona edição. Às 15 horas de 15 de Maio, realiza-se uma cerimónia pública de Agradecimento Solidário a todos quantos prestaram sua solidariedade durante a calamidade dos incêndios do Verão.No que respeita à organização, a Câmara da Chamusca apostou em praticar preços mais interessantes e menos onerosos para todos os que contribuem para a festa e para a própria autarquia. “Apesar das dificuldades, algumas empresas deram o seu contributo, ajudando a projectar o concelho a médio e longo prazo”, refere Francisco Matias.Mas há também reflexões sobre protecção civil, ordem social e desenvolvimento económico, com os “sustos” do passado recente a fazerem reflectir sobre o futuro do concelho.O pavilhão das Potencialidades é um espaço onde cada uma das 11 freguesias do concelho se dá a conhecer e que tem três temas centrais. Desenvolvimento social, económico e competitividade.A Chamusca enche-se de orgulho e de visitantes de 15 a 23 de Maio. A noite de quarta para quinta-feira transforma-se numa passagem de ano a meio do ano. A Quinta-feira é o dia dos dias. A festa promete e quando se trata da semana da Ascensão é certo e sabido que não há promessa que fique por cumprir.