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Castelo de Abrantes reabre portas

Encerrado há 16 meses para obras de consolidação das muralhas

Após 16 meses de portas fechadas, por motivos de segurança, o castelo de Abrantes está apto a receber visitantes. As obras de conservação da fortaleza estão concluídas.

O castelo de Abrantes vai reabrir a 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, depois de cerca de 16 meses de encerramento por motivos de segurança. As obras a que esta fortaleza foi sujeita ascendem a cerca de 400 mil euros.A reabertura inicia também um projecto de animação medieval, designado “Semana do Castelo” que se prolonga até 23 de Maio, sendo os quatro primeiros dias dedicados aos alunos dos 1.º ao 5.º anos e dos jardins de infância do concelho. O castelo vai continuar aberto ao público em horário a definir.“O castelo é a alma do concelho e a sua reabertura é motivo de orgulho para todos os abrantinos”, disse o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Nelson Carvalho, durante a conferência de imprensa realizada na sexta-feira, 7 de Maio.As obras orientadas e financiadas em aproximadamente 275 mil euros pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), consistiram principalmente na consolidação das muralhas, reparação do Palácio do Governador e beneficiação de alguns locais incluindo a Torre de Menagem. A autarquia custeou outros arranjos exteriores, incluindo a reparação de grande parte da muralha interior do lado poente e a requalificação do jardim, para além do estudo museológico para a organização do museu e da intervenção (pintura e cobertura em madeira do altar-mor) na Igreja de Santa Maria do Castelo.“O castelo ficou bem visitável, mas muito há ainda a reabilitar”, adiantou Nelson Carvalho, salientando que as novas intervenções irão depender da disponibilidade financeira do IPPAR: “Há toda a sensibilidade, mas nem sempre há hipótese de financiamento”.Recorde-se que as obras feitas no castelo de Abrantes puderam avançar porque a autarquia se comprometeu a suportar o custo total, aguardando o pagamento do IPPAR: “Até agora não recebemos o dinheiro do IPPAR, mas ele virá”, continuou Nelson Carvalho.A esta fortaleza dos tempos da fundação da nacionalidade pode agora aceder-se também pela Porta da Traição, confinante com o jardim do castelo. No interior do monumento, as obras executadas permitem a reabertura da Torre de Menagem, do Museu D. Lopo de Almeida e do Palácio do Governador, em duas salas de exposições.Animação medievalTorneiros de cavaleiros e arqueiros, assalto ao castelo com catapulta e escalada, combate com o dragão, caça ao cavalo, sopa da pedra e labirinto são algumas das actividades programadas para a “semana medieval”.Iniciativas que se tornam mais reais pela instalação de uma aldeia medieval em miniatura, com algumas figuras mecanizadas.Entretanto, vão estar patentes três exposições: “A Cerâmica: Um Olhar no Tempo”, no coro da Igreja de Santa Maria do Castelo, “A Pedra: Fragmentos” e “As Necrópoles Visigóticas de Abrantes”, no Palácio do Governador, nas salas 1 e 2 respectivamente. “Haverá sempre exposições permanentes e temporárias”, afirmou Isilda Jana, vereadora da Cultura da Câmara de Abrantes, acrescentando que o castelo tem um espólio museológico “muito interessante”, em que se destaca uma colecção de fatos do Menino Jesus.

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