uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Extensões de saúde com diagnóstico reservado

Extensões de saúde com diagnóstico reservado

ARS de Lisboa e Vale do Tejo admite encerrar alguns postos para melhorar a gestão

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo admite fechar extensões de saúde na sua área de influência, onde se inclui a nossa região. Melhorar a gestão e racionalizar meios é o objectivo.

A presidente da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo admite que poderão ser encerradas algumas extensões de centros de saúde cujo funcionamento “não se enquadra nos objectivos funcionais” destas unidades.A posição de Ana Borja Santos surge na sequência de um estudo divulgado segunda-feira, realizado conjuntamente pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) e Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos, que avaliou as condições técnicas para o exercício da medicina geral e familiar em 24 centros das regiões de Lisboa, Setúbal e Santarém.Os resultados, apresentados em Lisboa, indicam que alguns dos centros de saúde aleatoriamente escolhidos para a avaliação, nomeadamente os de Santarém, Abrantes e Torres Vedras possuem, respectivamente, 24, 21 e 20 extensões, o que “coloca problemas de gestão difíceis de ultrapassar”.O centro de saúde de Santarém possui 66.934 doentes inscritos, e a distância média das extensões à sede é de 17 quilómetros.Na unidade de Abrantes existem 44.126 doentes inscritos e a distância média das extensões à sede é de 16,5 quilómetros, enquanto para o centro de saúde de Torres Vedras (82.479 inscritos) a distância média entre a sede e as extensões é de 13 quilómetros.A avaliação apurou ainda que inúmeras extensões de centros de saúde em zonas rurais servem um número reduzido de utentes (pouco mais de uma centena), e aos quais o médico se desloca uma ou duas vezes por mês, “garantindo apenas uma assistência ocasional, o que não se enquadra nos objectivos funcionais de um centro de saúde, nem nas funções de um médico” de medicina familiar.O estudo considera que a justificação dada para estas situações - a dificuldade de deslocação das populações à sede do centro de saúde ou a outras extensões -, é “uma falsa questão”, pois “as necessidades assistenciais [dessas populações] nunca poderão ser supridas com a periodicidade” das visitas médicas referidas.O documento sublinha assim a necessidade de “equacionar novas alternativas para estas situações”, nomeadamente “parcerias com as autarquias”, de modo a arranjar um “sistema de transporte adequado para o centro de saúde”.Questionada pelos jornalistas, a presidente da ARS-LVT, Ana Borja Santos, reconheceu que “há extensões sem o mínimo de condições para funcionar” e o que o seu encerramento é “uma questão de gestão” que está a ser pensada.“Não me parece difícil tomar algumas decisões”, concluiu.Lusa
Extensões de saúde com diagnóstico reservado

Mais Notícias

    A carregar...