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Derrota com sabor a permanência

U. Tomar perdeu em Benavente (2-1) mas ficou na Primeira Divisão Distrital

O U. Tomar esperou até à última jornada para saber que fica entre os maiores do futebol distrital. Mesmo com a derrota em Benavente, festejou o feito com os ouvidos colocados em Marinhais. Um desfecho sofrido pelo segundo ano consecutivo, após uma partida em que a formação de Vítor Romero mandou quatro bolas aos ferros da baliza do Benavente.

A precisar apenas de um empate para se manter na Primeira Distrital, o U. Tomar foi a Benavente jogar de forma descomplexada, perante uma formação tranquila na tabela classificativa.O primeiro quarto de hora de jogo foi pouco interessante mas pertenceram aos tomarenses as melhores iniciativas de atacantes. E o primeiro golo não tardou em chegar. Diogo marcou um livre directo em zona frontal da grande área, que Paleta aliviou para a frente, onde estava Carlão a recarregar para o golo.O U. Tomar era dominador do jogo e o endiabrado Diogo esteve perto do 0-2, com uma remate a passar perto do poste da baliza do Benavente. Pouco depois foi o capitão Carvalho a rematar por cima do alvo.Mas o Benavente aproveitou os falhanços e, na primeira chance, Tocha cabeceou para o empate, após insistência de Jorge Ribeiro no corredor direito. Os anfitriões tomaram conta do jogo e, cinco minutos depois, Ricardo viu a bola bater no poste esquerdo da sua baliza.Antes do apito para o descanso Diogo teve o 1-2 no pé esquerdo mas a barra da baliza evitou o tento.A segunda parte iniciou-se com a “malapata” dos visitantes. No espaço de dez minutos, Diogo voltou a fazer pontaria ao poste e Gerardo não quis ficar atrás com um cabeceamento à barra.Como quem não marca, sofre, a “regra” aplicou-se logo a seguir. Buchadas marcou um livre no corredor direito e Jorge Ribeiro elevou-se na linha limite da pequena área e cabeceou para o 2-1.A partir dali e até final foi o Benavente a tentar segurar a vantagem e o U. Tomar já com poucas forças, apesar de uma subida ao ataque de Filipe Ferreira que teve oportunidade de fazer o 2-2, mas a bola saiu por cima. No entanto o U. Tomar estava consciente da vitória do Amiense em Marinhais.O jogo acabaria com a vitória do Benavente por 2-1, resultado demasiado injusto para quem atirou quatro bolas aos ferros, e que fez sofrer demasiado a formação tomarense. Após o apito final os jogadores ficaram cerca de três minutos à espera de novidades de Marinhais e, quando a partida terminou, não foram muitos os festejos. Apenas algumas palmas se ouviram e, já dentro do balneário, alguns gritos de satisfação por se ter assegurado a permanência no escalão maior do futebol distrital.No Benavente Tocha e Jorge Ribeiro fizeram a diferença numa tarde pouco inspirada da equipa, enquanto no U. Tomar Diogo foi o melhor elemento. A equipa de arbitragem liderada por Sérgio Balcão rubricou uma boa actuação.Vítor Romero vai continuarOs festejos no banco do U. Tomar com a permanência assegurada em Benavente foram comedidos. Para o técnico da equipa, Vítor Romero, a permanência foi o merecido corolário de nove meses de trabalho. “Merecemos ficar porque no princípio da época ninguém dava nada por nós e se dizia que íamos ser os bombos da festa. Com um empate ou vitória era maior a alegria ao fim de nove meses e não equacionava a descida de divisão”, referiu. A época foi difícil e o treinador disse ter avisado os seus jogadores da dificuldade dos últimos sete jogos do campeonato, com cinco deslocações e partidas com candidatos à subida de divisão. Mas tudo acabou em bem.“Agradeço às equipas de arbitragem pelas situações em que muitas vezes desabafamos. Há muita gente nova com capacidade e muito para dar ao futebol. Devemos-lhes uma palavra de apreço”, recordou Vítor Romero em relação ao colectivo arbitral.Com um epílogo feliz a relação do técnico com o U. Tomar vai continuar. “A minha continuidade é um facto. O projecto do U. Tomar passava por baixar o orçamento da época, que custa três mil euros por mês. Para o ano tentar manter a base do plantel e ir buscar três ou quatro jogadores para fazer uma equipa mais homogénea e não passar por tantas dificuldades”, explicou Vítor Romero. Para o técnico-adjunto do Benavente, Eusébio Sousa, o resultado obtido frente ao U. Tomar foi bem exemplificativo da atitude da sua equipa, evitando especulações desnecessárias. “Não somos do U. Tomar nem do Marinhais e ser um outro a descer era indiferente. Mantivemos a atitude da época e era importante acabar bem, sem fazer favores a ninguém”, referiu, acrescentando que o Benavente foi superior ao seu adversário.Quanto à performance da equipa no campeonato, Eusébio Sousa considerou que o elevado número de lesões da equipa condicionou uma melhor classificação, aventando que sem esses problemas o Benavente teria capacidade para estar entre os sete primeiros da tabela.

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