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O cavalo como factor de desenvolvimento

III Congresso do Ribatejo passou pela Golegã

Sob o tema “o cavalo como ícone do Ribatejo”, decorreu na Golegã mais uma acção integrada no III Congresso do Ribatejo. A iniciativa tem programados novos encontros em Vila Nova da Barquinha e Abrantes.

O cavalo terá sido domesticado para conduzir o gado na pastorícia, servindo depois para fins agrícolas, para a guerra e para o desporto e lazer. Ao longo dos tempos a utilização original perdeu o significado e hoje “só os campinos continuam a usar o cavalo” para esse fim. A aposta na fileira do cavalo passa sobretudo pelo desporto, turismo e lazer. Essa é a opinião de Costa Ferreira e Veiga Maltez, dois dos oradores da última sessão do Congresso do Ribatejo, que decorreu quinta-feira, 13 de Maio, na Golegã.O Congresso do Ribatejo, que teve uma primeira edição em 1923, visa “promover o engradecimento económico e cultural da região, investigando as suas necessidades, recursos e capacidades de sacrifício”. São debatidas pelos congressistas as temáticas mais identificativas da região e o que ela tem para oferecer.No entanto, a iniciativa não colheu a atenção dos autarcas ribatejanos. Para além de Veiga Maltez, apenas esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, o presidente da Assembleia Municipal de Santarém, José Miguel Noras, e representantes das autarquias de Coruche, Moita, Chamusca e Cartaxo. O auditório Ricardo Magalhães no Equuspolis ficou longe de estar cheio.Na sessão de abertura, presidida por António Oliveira, chefe de gabinete do governador civil de Santarém, foram exaltadas as singularidades e a alma ribatejana. “O Ribatejo é um espaço de cultura, trabalho, reflexão e, sobretudo um estado de espírito. É este o conceito que é necessário transmitir às gerações vindouras”, afirmou António Oliveira.Veiga Maltez reforçou: “Somos ribatejanos e assentamos as nossas características no nosso maior legado: a ruralidade”.“O Ribatejo acaba em Riachos”Para José Mora Campos, presidente da Casa do Ribatejo, esta região do centro do país que a divisão administrativa de 1940 constituiu em Ribatejo prolonga-se para além dos limites distritais. Vai de Vila Franca, no distrito de Lisboa, até às beiras.Mas Veiga Maltez, presidente da Câmara Municipal da Golegã e anfitrião desta edição do III Congresso do Ribatejo, tem outra visão dos acontecimentos: “O Ribatejo tal como o entendemos acaba em Riachos, para cima as características são mais beirãs”.A opinião já expressa anteriormente sempre causou polémica nos concelhos do norte, que puxam dos pergaminhos, lembram a escola de toureio de Mário Leão (em Torres Novas) e recordam que grande parte do campo da Golegã era pertença dos agricultores de Torres Novas.Veiga Maltez justifica a sua opinião exemplificando com o uso do cavalo. “Nos concelhos do norte o cavalo não tem qualquer expressão, até o vocabulário é diferente. Dizem por exemplo que vão para a ‘fazenda’, termo nitidamente beirão que significa campo, propriedade”.

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