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Três freguesias de Azambuja podem ficar sem GNR

Três freguesias de Azambuja podem ficar sem GNR

Comando Geral está a analisar a situação do posto

O comando geral da GNR admite encerrar o posto da guarda de Manique do Intendente. Se a medida se confirmar, três das maiores freguesias do concelho de Azambuja e milhares de pessoas ficam sem garantias de segurança. O presidente da Junta de Manique promete lutar contra o fim da guarda.

O Posto da GNR de Manique do Intendente, concelho de Azambuja, que serve as freguesias de Maçussa, Vila Nova de São Pedro e Manique, corre o risco de encerrar. Segundo apurou o nosso jornal junto do Comando Geral da GNR a situação do posto de Manique do Intendente está a ser objecto de estudo e o seu encerramento é um dos cenários possíveis.“Enquanto a situação não está definida o comando geral optou por manter no local um efectivo reduzido para que a população ali pudesse apresentar as suas queixas. O posto mantém-se para ser um elo de ligação da Guarda com as populações”, explicou a O MIRANTE o capitão Tavares Belo, do departamento de Relações Públicas do Comando Geral.O posto funciona actualmente com apenas seis efectivos, o que tem motivado a preocupação de autarcas e populares, mas o reforço do número de militares não está previsto até que a situação seja avaliada. “Não faz sentido fazer o reforço de efectivos num posto para o qual não sabemos ainda qual será o destino”, analisa.Tavares Belo revela no entanto que caso seja necessário serão pedidos reforços de postos vizinhos para efectuar o patrulhamento na zona ou em caso de algum tipo de situação que o justifique. O responsável adianta que o comando está sensível às necessidades da população e que além da densidade populacional da zona serão tidos em conta outros factores.O posto chegou a ter oito militares da GNR, mas nos últimos meses dois destes profissionais foram transferidos, ficando apenas seis elementos no posto que serve três das maiores freguesias do concelho.A situação preocupa população e autarcas que se queixam de falta de segurança. “Já me vi na iminência de ter que fazer serviço no posto da GNR”, desabafa o presidente da Junta de Manique, Herculano Martins, que já chegou a transportar alguns militares na sua viatura particular. “Não há efectivos em Portugal, mas já existem para mandar para o Iraque”, reclama o autarca.O posto funciona 24 horas por dia, o que implica que muitas vezes estejam ao serviço apenas dois ou três militares diariamente. O único veículo de que dispõem é um jipe que foi abatido em Aveiras de Cima e que muitas vezes não trabalha. “A segurança é cada vez menor. A população está envelhecida e fazia cá falta a GNR. O papel das autoridades acaba por ser dissuasor. Não abdicamos do posto por uma razão de segurança”, revela o presidente da Junta.Em 2002 o Ministério da Administração Interna chegou a ponderar a hipótese de encerrar o posto de Manique, construindo em contrapartida um outro na freguesia de Alcoentre, mas até ao momento nada foi decidido.A situação preocupa também o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos, que já enviou um ofício ao Ministério da Administração Interna a questionar os responsáveis sobre a redução de dois efectivos em Manique do Intendente e pedindo uma reunião para clarificar a situação, mas que ainda não obteve resposta.Além da falta de recursos humanos o posto de Manique debate-se também com a falta de material. A junta de freguesia disponibilizou uma impressora ao posto da GNR e é a autarquia local que tem garantido também a compra dos respectivos tinteiros.A GNR foi instalada num imponente edifício em Manique do Intendente há quase 50 anos. Herculano Martins lembra que esta força tinha apenas um carácter repressivo “Hoje que tem um importante papel social querem levá-la daqui”, queixa-se.
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