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Um rastilho às portas da aldeia

Um rastilho às portas da aldeia

Pinhal no Parque Natural foi limpo mas o mato está há 3 anos á espera de ser removido

Uma parte do pinhal junto a Vale da Trave foi limpa há 3 anos. Mas o mato e os troncos deixados pelos serviços do parque natural ainda não foram removidos.

A população de Vale da Trave, concelho de Santarém, está com o coração nas mãos por causa de um pinhal situado perto da povoação. O desbaste das árvores foi feito há três anos, mas os ramos ficaram espalhados pelo terreno, o que faz do espaço uma zona de risco de incêndio. Inserida no perímetro do Parque Natural da Serra D’Aire e Candeeiros (PNSAC), a po-voação quase que entra dentro do pinhal. Os caminhos estão em mau estado e são estreitos, o que faz aumentar os receios das pessoas. Alguns carros de bombeiros podem ter dificuldade em circular nas estradas bordejadas de muros de pedra. Grande parte do pinhal está votada ao abandono. O mato rivaliza em altura com alguns pinheiros. É difícil andar a pé por aquelas bandas. Há vegetação seca e montes de ramos espalhados pelo terreno, fazendo do local um autêntico barril de pólvora. Henrique Cordeiro é um dos populares que está indignado com o facto de o PNSAC, para além de não fazer a limpeza do local há 3 anos, ter deixado no terreno os ramos secos da poda das árvores. Trabalho efectuado pela equipa de sapadores florestais. “Além de gostarmos disto, porque este já é um dos poucos pinhais do parque, corremos o perigo de sofrermos com os incêndios”, sublinhou aquele morador. E recorda que, no ano passado, houve um princípio de incêndio no pinhal, que só não teve consequências graves porque na zona andavam bombeiros a combater outro fogo, tendo evitado o alastrar das chamas. “Isto é um rastilho. Não vivemos descansados, porque se houver um fogo no pinhal há muitas casas que podem ser devastadas”, reforçou Henrique Cordeiro. A directora do PNSAC, Maria João Botelho, confirmou que parte do pinhal foi limpo há três e que uma parte dos ramos das árvores ficou no terreno. Informou que chegou a haver um acordo com a Junta de Freguesia de Alcanede para que o material fosse retirado mas, reconhece, houve problemas de articulação. Maria João Botelho garantiu que está prevista para breve a deslocação de um estilhaçador para o local, no sentido de triturar a matéria arbórea deixada no terreno. E que tal só ainda não foi feito porque a máquina tem estado avariada.
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