Já viu alguma coisa no Euro 2004 que gostasse de fazer em campo?Bastantes coisas. Um lance do Zidane no jogo com a Croácia, em que dá um passe de calcanhar, após um canto. Ou as jogadas do Deco, em que é muito difícil tira-lhe a bola. Zidane e Deco são dois grandes ídolos meus. É daqueles jogadores de futebol que se preocupam mais em ajeitar o cabelo?Nada disso. Quando jogo estou concentrado no jogo e não ligo a esses pormenores. Preocupo-me apenas em dar tudo em campo.Os jogadores de futebol só consideraram o árbitro quando ele tem um físico que mete respeito? Não. Temos que manter sempre o respeito pelo árbitro. Acho normal que se fale com eles, mas a minha missão é apenas jogar.Quando está no relvado presta-se alguma atenção aos treinadores?Há que ouvir o que o técnico tem para dizer e fazer o que nos pede. Mas o jogador também tem que decidir no momento e pensar na equipa. Quando se está a perder ou empatar e o jogo caminha para o fim. Aí é mais difícil fazer o que o técnico nos diz.Os jogadores convivem muito?Convivemos bastante. Este ano no U. Santarém fizemos bastantes jantares de grupo porque é importante fortalecer o espírito entre todos. É possível ter-se jogado na Acad. Santarém e sentir as cores do União?Temos que dar o máximo pelo clube que servimos. Na Académica de Santarém fazia tudo para ganhar ao U. Santarém. E este ano fiz o mesmo ao serviço do clube. Não há diferenças.Tem muitas superstições?Por hábito gosto de entrar em campo com o pé direito e benzer-me. Mas no U. Santarém o Caetano “abusava” e benzia-se ao chegar ao estádio e antes de entrar no relvado. Uma vez vínhamos no carro e ele já se ia a benzer!Quando o árbitro lhe mostra um cartão, cala-se ou protesta, mesmo sem razão?Não costumo falar muito e arrependi-me da última vez que o fiz. Foi no jogo com o Águias, em Alpiarça, em que não fui muito correcto e acabei por ser expulso. A partir dali andei sempre calado.