A decisão surge após a instituição ter tido conhecimento de que alguns bancos estariam a fotocopiar todas as notas de cem, duzentos ou quinhentos euros e registar o nome do cliente que as entregou.O Banco de Portugal considera que os procedimentos utilizados por algumas instituições financeiras são incorrectos e têm de acabar. “São medidas drásticas que não se justificam nem são admissíveis”, referiu ao nosso jornal um responsável do Banco de Portugal.João Matela afirmou que, ao contrário do veiculado pelo director das Finanças de Santarém (que entretanto passou à reforma) na edição de 3 de Junho de O MIRANTE, a instituição nunca decidiu nem deu orientações aos bancos para que adoptassem este tipo de medidas, embora admita ter conhecimento de que alguns estarão a fazer isso.Para que fique bem clara a sua posição, o Banco de Portugal vai enviar a todos os bancos uma carta onde desaconselha a prática de fotocopiar notas e ficar com o registo de quem as levou, considerando não poder aceitar este tipo de procedimentos.Questionado pelo nosso jornal, o ex-director de finanças de Santarém diz que as suas palavras terão sido mal interpretadas e esclarece que na base do seu comentário esteve o facto de uma funcionária da tesouraria de Alpiarça ter recebido recomendações de uma agência bancária da vila para fotocopiar todas as notas que recebesse.Quando tomou conhecimento dessa situação Buinhas Marques afirma ter dado de imedia-to instruções à funcionária para suspender essa prática uma vez que não havia instruções da direcção de finanças nesse sentido.O antigo responsável pela Direcção de Finanças de Santarém diz ainda que deu também conhecimento da situação aos seus superiores.