Num segundo momento, os investidores pretendem construir um hotel de quatro estrelas com 100 quartos e um custo avaliado em 10 milhões de euros.Quando o projecto arrancar em pleno, (prevê-se que seja em 2006), a sociedade vai criar 76 postos de trabalho directo e mais de 140 indirectos, sendo a maioria mão-de-obra qualificada e com formação técnico profissionalO projecto a implementar no espaço de 12 hectares onde decorreu o Salão do Cavalo e a Festa do Campo, em Maio, contempla um centro equestre, um clube de campo, um centro de observação de espécies, um campo de golfe para aprendizagem e aperfeiçoamento, um espaço para artes e ofícios e outro para jogos de água com piscinas e diversões para crianças.Num espaço onde o toiro e o cavalo se destacam, não faltará os arraiais, as tascas, as tabernas e os bares. Um dos salões será reservado para cafés concerto e discoteca num apelo aos mais jovens. Ao todo, serão mais de 30 espaços que a empresa pretende concessionar. Haverá ainda uma vasta oferta de passeios no rio e no campo, de barco, a pé e a cavalo.“É um resort turístico com ofertas para todas as idades”, salientou Carlos Bexiga, empresário vilafranquense e administrador da sociedade promotora que tem cinco sócios. O gestor frisou que o investimento será feito com capitais próprios da sociedade e de outros parceiros que venham a intervir, uma vez que não foi garantido qualquer financiamento comunitário, ou da administração central. Os edifícios existentes, propriedade da Companhia das Lezírias, serão recuperados e irão ficar na posse da empresa agrícola. Os celeiros com pé alto elevado, passarão a ter dois pisos, mas os projectistas asseguram a manutenção das principais características do espaço, onde a construção está sujeita a várias condicionantes. Nos novos espaços, as construções serão feitas em madeira.As barracas existentes no local serão retiradas, mas a sua destruição implica o realojamento de 10 pessoas que vivem no local há vários anos, como O MIRANTE noticiou em Abril. “Aproximar a cidade do campo usando o rio Tejo como elo de ligação” é o principal objectivo do projecto. Os carros não entram no parque, onde as viaturas utilizadas serão eléctricas e não poluentes. Os visitantes deixam o carro nos parques exteriores e se preferirem podem ir de barco. A empresa prevê construir uma marina para ancoragem de embarcações e uma doca para pesca.O Pólo do Cabo Lazer será semelhante à Fábrica da Pólvora em Bracarena, mas segundo Manuel Melim da MD Consultores, que fez a apresentação do projecto ao executivo da câmara, “será inovador em Portugal e na Europa”.