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Maioria dos desempregados é jovem

Maioria dos desempregados é jovem

Revela estudo referente ao concelho de Santarém

A maioria dos desempregados do concelho de Santarém tem entre 16 e 30 anos, escolaridade igual ou inferior ao 9º ano e gostaria de trabalhar na educação ou comércio, revelam estudos divulgados recentemente.Os estudos de caracterização da população desempregada do concelho e de diagnóstico das profissões com maior índice de empregabilidade revelam também que os empregadores procuram, essencialmente, empregados de mesa, vendedores e motoristas.

De acordo com os dados divulgados, três quintos dos desempregados do concelho tem escolaridade igual ou inferior ao 9º ano e 58 por cento têm entre 16 e 30 anos de idade.Elaborados no âmbito do projecto comunitário “Crescer Cidadão” que está a ser desenvolvido por um conjunto de entidades locais, os estudos foram realizados por Fernando Lucas, docente da Escola Superior de Gestão de Santarém, e procuram conhecer os principais obstáculos que se colocam a quem procura emprego e as principais dificuldades de recrutamento por parte das empresas.Os estudos incidiram sobre 387 desempregados, de um universo de 1.500 existentes no concelho (o que representa cerca de 5% da população activa), e 120 empresas (10% do total das empresas do concelho).O papel do Centro de Emprego foi muito criticado pelos empresários inquiridos, que confessaram só recorrer a esta estrutura em desespero de causa, devido ao “desligamento da realidade”.Assim, a maioria dos empregadores recorre ao círculo dos seus conhecimentos pessoais quando necessita de um empregado e privilegia a contratação a termo, o que se traduz no “carácter precário e instável da situação profissional de uma grande parte dos trabalhadores”.O projecto “Crescer Cidadão”, que envolve a autarquia, a Misericórdia e associações do concelho, tem em funcionamento, há quase um ano, cinco Centros de Apoio ao Conhecimento e Integração, nos quais se inscreveram 300 pessoas, na sua maioria com baixas qualificações e dificuldades de inserção no mercado de trabalho.O seu objectivo é dar aos desempregados ferramentas para os tornar mais activos e procurarem o seu próprio emprego, o que resultou já na integração de 50 pessoas, segundo os responsáveis do projecto.Elisabete Castelo, coordenadora do projecto “Crescer Cidadão”, disse à Agência Lusa, que os documentos vieram confirmar alguns dados que estavam já a servir de base de trabalho à equipa e lançar uma série de “desafios, que cruzam com a sustentabilidade do próprio projecto”.Sublinhando a dificuldade em chegar às empresas e levá-las a aderir a um programa que visa combater a exclusão social e a discriminação, os responsáveis pelo estudo querem agora encontrar estratégias que permitam aproximar as necessidades de emprego das necessidades dos empregadores.Lusa
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