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Azia socialista

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Entrevista de Paulo Caldas a O MIRANTE provoca irritação no PS de Santarém

O presidente da Câmara de Santarém não gostou nada da entrevista que o líder do município do Cartaxo e seu camarada de partido deu ao nosso jornal. Paulo Caldas foi alvo de fortes ataques na reunião da distrital do PS mas não retirou uma vírgula ao seu discurso.

A entrevista que o presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), deu a O MIRANTE, publicada na nossa última edição, causou grande irritação ao presidente da Câmara de Santarém e ao líder da concelhia socialista escalabitana. Rui Barreiro e Manuel Afonso manifestaram a sua insatisfação na reunião da comissão política distrital realizada na noite de sexta-feira, onde consideraram as palavras do autarca do Cartaxo lesivas dos interesses do partido. Rui Barreiro chegou mesmo a afirmar que o normal relacionamento entre ele e Paulo Caldas poderia ser posto em causa com este tipo de posições. A verdade é que as relações entre ambos já viveram melhores dias. O depoimento de Paulo Caldas – onde, entre outros temas, se abordou a falta de liderança política de Santarém a nível regional e alegadas fragilidades da gestão de Rui Barreiro -, caiu que nem uma bomba nas hostes socialistas. Os ânimos chegaram a aquecer e as opiniões dividiram-se. Segundo o nosso jornal apurou, Rui Barreiro e Manuel Afonso, que é também vice-presidente da Câmara de Santarém, foram dos mais cáusticos não só com o autarca do Cartaxo como com O MIRANTE. “Imaturidade” e “falta de ética” foram alguns dos mimos com que Caldas foi brindado, mas o presidente do Cartaxo declarou alto e em bom som perante os seus camaradas que não retirava uma vírgula ao que havia sido publicado.Mais: afirmou que estava no Partido Socialista para servir o país e que estava disponível para ocupar os cargos que o partido exigisse de si, fosse na Câmara do Cartaxo ou em qualquer outro lugar.Na entrevista, Paulo Caldas não revela qualquer intenção de se candidatar à Câmara de Santarém, como parece ter sido interpretado por alguns camaradas seus, mas também não elimina cenários. Esse posicionamento foi visto como desestabilizador, sobretudo quando se sabe que o presidente da Câmara de Santarém está longe de reunir consensos, no seio do PS escalabitano, quanto à sua recandidatura.A reunião da comissão política distrital ficou também marcada pelo ressurgimento de José Miguel Noras na vida interna do partido. Foi aliás o presidente da Assembleia Municipal de Santarém que desmontou os ataques feitos a O MIRANTE. Noras lembrou que foi nesse mesmo jornal que Rui Barreiro anunciou, há cerca de quatro anos, a sua candidatura à Câmara de Santarém, na altura presidida pelo próprio Noras que ainda não tinha decidido se se recandidatava. Esse foi aliás o primeiro passo para o início da guerrilha interna no PS de Santarém que ainda hoje dura.Outros militantes pronunciaram-se contra as críticas a Paulo Caldas e sublinharam que a pluralidade de opiniões é uma das características do PS que deve ser respeitada sob pena de se subverterem os princípios do partido. Ao que o nosso jornal soube, o presidente da comissão política distrital, Paulo Fonseca, manteve uma posição equidistante e não alimentou polémicas, gerindo o debate sem grandes problemas.
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