Herculano Gonçalves foi reeleito, sexta-feira à noite, presidente da comissão política distrital do CDS/PP, vencendo a lista concorrente, liderada por Paula Inglês, por 204 votos contra 59. Votaram 266 dos 968 militantes com capacidade para votar.Enfrentando pela primeira vez oposição, Herculano Gonçalves foi reeleito para o quarto mandato de dois anos, colocando como grande desafio do seu mandato as eleições autárquicas de 2005. E volta a assumir a sua disponibilidade para avançar em coligação com o PSD nos 21 concelhos do distrito.Segundo disse, existem já contactos com o parceiro de coligação no Governo, sendo objectivo conquistar, com o PSD, “duas ou três autarquias à esquerda” que não quis especificar. Embora num jantar realizado em Abril, em Santarém, comemorativo dos dois anos de Governo PSD/PP, tenha desafiado o PSD a aceitar uma coligação visando o derrube dos socialistas na capital de distrito. Alcanena é outro dos municípios onde o PP acredita que pode vencer a esquerda, desde que coligado com o PSD. Mas Herculano Gonçalves também sabe que nem com coligações será possível ganhar à esquerda nalguns municípios onde o PS ou a CDU são maioria, tal como o reconheceu na conferência de imprensa de segunda-feira em Santarém. E admite que o PSD dificilmente aceitará coligações nos concelhos onde é poder.Herculano Gonçalves reconhece que o peso autárquico do PP no distrito de Santarém é “muito débil”, porque ali as eleições são tradicionalmente muito adversas para o seu partido, sendo o seu “grande desafio contrariar os resultados de sempre”. As listas deverão estar prontas até final do ano, haja ou não coligações.Na hora de assumir mais um mandato, Herculano Gonçalves diz que uma das suas primeiras medidas será mudar a sede das actuais instalações degradadas no centro histórico de Santarém para outras mais condizentes com a condição de partido da coligação no Governo. Ficarão situadas junto à Igreja de São Nicolau, também no centro histórico de Santarém.A inauguração da sede deverá ocorrer no dia em que tomarem posse os órgãos agora eleitos, previsivelmente no início de Setembro.