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Espírito vencedor

Jogadoras da SFR Alverquense já sonham com o nacional de basquetebol feminino

A equipa de iniciadas femininas da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA) sagrou-se campeã distrital da Associação de Basquetebol de Lisboa sem sofrer uma única derrota. Um feito de registo que comprova bem o espírito vencedor das jovens alverquenses. Sete delas até já foram convocadas para treinarem pela selecção distrital de Lisboa.

Mesmo depois de terminada a época de trabalho, no último encontro da equipa antes das férias escolares, as jogadoras mantiveram-se fieis à sua filosofia de trabalho. Depois de “picarem o ponto” junto à nossa reportagem, todas elas correram desenfreadamente em direcção ao cesto, fintando pelo caminho quem quer que aparecesse.Por todo o pavilhão chiavam os ténis das jogadoras, com tanta correria e movimento. Só se deram por satisfeitas quando o treinador as chamou para lhes desejar boas férias e dar por encerrada a brincadeira. “Marcamos encontro na primeira semana de Setembro”, relembrou.Mas por detrás dos números, que marcam o sucesso do trabalho na SFRA, existe um grupo que coordena todos os sectores e modalidades desportivas da Filarmónica. Fernando Magalhães faz parte desse grupo, e ainda teve a árdua tarefa de conduzir a equipa de basquetebol do escalão de iniciadas femininas rumo ao título. O trabalho, esse, tem sido contínuo. “Tudo começou em 2001, altura em que a SFRA resolveu apostar de forma diferente no mini-basquetebol (direccionado para crianças com menos de 11 anos). Foi aí que nasceu esta geração de jogadoras muito forte”, explicou.Com o renovar do projecto os treinos foram transferidos para um espaço mais amplo, e de 20 crianças a treinarem mini-basquetebol pela instituição, passou-se para 80. Foi neste rol que a equipa de iniciadas foi forjada. “Desde o início que elas sempre tiveram uma grande sede de vitórias. Não se contentavam com pouco, e queriam sempre fazer mais e melhor”, disse o treinador.As jogadoras, entre os 11 e os 14 anos, treinam duas vezes por semana, e os treinos, salvo raras excepções, começam sempre com um “raspanete”. “Ou porque chegaram atrasadas, ou porque não estão com atenção, ou então porque o último treino não correu como eu queria”, explicou o coordenador.Durante a competição, jogou sempre a favor a vertente competitiva e ganhadora da equipa, aliada ao facto de todas as jogadoras manterem, dentro e fora da campo uma boa relação. “Temos uma ligação muito forte, porque para além de andarmos na mesma escola e de nos conhecermos há bastante tempo, damo-nos todas muito bem, e até costumamos sair juntas muitas vezes”, explicou Ana Calado, a capitã de equipa, de 13 anos. O ano passado ficaram em terceiro lugar. Este ano, a duas jornadas do fim já eram campeãs. “Havia o objectivo de chegarmos ao primeiro lugar, e todas trabalhámos para esse objectivo”, recordou Cláudia Raimundo, a mais nova da equipa.Mas os números do sucesso não se ficam por aqui. Das 15 jogadoras do plantel, sete foram convocadas para os exames médicos e os treinos da selecção de Lisboa. No final foram apuradas quatro jogadoras da SFRA. Para a próxima época as jogadoras vão ficar nas mãos de um novo treinador, ainda a designar, enquanto que Fernando Magalhães vai voltar-se para o mini-basquetebol. Os objectivos, no entanto já estão traçados e passam por ficar num dos quatro primeiros lugares do campeonato distrital, para poderem jogar no campeonato nacional.

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