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Uma cascata à entrada da cidade

Universidade de Coimbra ganha concurso de ideias
Uma cascata de 120 metros de comprimento por 15 metros de largura encimada por um estreito edifício com cerca de 24 metros de altura, com um ecrã gigante no topo, vai dar as boas vindas a quem chega a Torres Novas vindo da A 23. O ante-projecto é da autoria de um grupo de arquitectos da universidade de Coimbra, liderado por António Alberto Bettencourt.A construção de uma fonte luminosa na rotunda sul de Torres Novas foi um projecto anunciado logo que as rotundas começaram a proliferar na cidade. Por unanimidade e para que não surgissem obras de gosto duvidoso, a câmara deliberou abrir um concurso de ideias convidando para o efeito as escolas de arquitectura, os arquitectos premiados no Concurso de Arquitectura promovida pela câmara torrejana, arquitectos locais e ainda o escultor António Quina, que concebeu o conjunto escultórico colocado no relvado junto à entrada principal do Hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas.O ante-projecto do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra foi seleccionado entre as oito propostas apresentadas por um júri constituído por arquitectos da Câmara Municipal de Torres Novas e do Gabinete de Apoio Técnico (GAT) local. Os candidatos tinham de conceber projectos com um custo estimado até 100 mil euros. Valor que o presidente da câmara, António Rodrigues (PS), pensa recuperar com a venda dos cinco escritórios e a concessão do restaurante panorâmico incluídos no edifício a construir na actual rotunda, que deixará de existir.“Não se trata de um prédio, mas antes de uma construção com uma empena estreita”, esclarece o presidente adiantando que os escritórios têm cerca de 35 metros quadrados. O restaurante panorâmico vai situar-se nos pisos superiores.O imóvel terá uma altura semelhante a um prédio de sete andares, isto é um enorme menir no cimo de um lago em cascata, aproveitando o declive do terreno, de 120 metros de comprimento por 15 de largura. No topo um ecrã gigante irá passar vídeos promocionais da cidade. Lateralmente dois outros ecrãs mais pequenos terão a mesma função. Segundo o vereador Pedro Lobo Antunes (PS), responsável pelo Departamento de Administração Urbanística, a altura do edifício será diluída nas construções que irão crescer junto à actual rotunda do lado esquerdo para quem chega da A 23.“O edifício vai ser visto da auto-estrada, mas não vai chocar como poderá parecer, porque fica enquadrado nas outras construções”, opina o vereador.O lago, ao centro da alameda, divide as quatro faixas de rodagem, duas em cada sentido. É ladeado por árvores e atravessado por passadiços pedonais com vários bancos. “É uma zona para usufruir por isso contempla estacionamentos dos dois lados”, acrescenta António Rodrigues.O projecto da Faculdade de Arquitectura de Coimbra não colheu o acordo dos vereadores da oposição. O assunto ainda não foi deliberado, mas os representantes da CDU e do PSD levantam sérias dúvidas quanto ao impacto visual, à estética e aos custos que acarreta.O social-democrata Octávio Oliveira considera que a principal função das rotundas é regularem o trânsito e discorda que se gastem largos milhares de euros no seu embelezamento quando falta instalar saneamento básico no concelho. E diz que a altura do edifício “é desproporcional” o que lhe causa algumas dúvidas quanto à opção estética.Manuel Ligeiro, da CDU, tem uma opinião similar. “Para decidir sobre esta obra é necessário conhecer o que está projectado para a envolvente, assim causa muitas dúvidas”, diz. Numa primeira análise, o vereador opina que o monumento é demasiado alto e toda a obra vai fazer com que o trânsito flua com menos rapidez na principal entrada da cidade.

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