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Abandonado por todos

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Pavilhão da Ribeira de Santo André, Rio Maior, está por concluir há quase 20 anos

Há 17 anos que o pavilhão da Ribeira de Santo André, no concelho de Rio Maior, está por acabar. A obra foi iniciada pela Associação Recreativa e Cultural da Ribeira de Santo André e apoiada pela população, mas encontra-se ao abandono. Ex-dirigentes da colectividade e Junta de Freguesia de Asseiceira passam a bola para a Câmara de Rio Maior.

O povo e a Associação Recreativa e Cultural da Ribeira de Santo André (ARCRSA) empenharam-se na construção de um pavilhão que está há 17 anos por concluir. Actualmente, sem que se decida nada – reconversão ou construção de um novo – vai ganhando pó, ervas e acentuando o seu estado de degradação. Negociado em troca de uma urbanização, com cedência de espaço para a colectividade, partiu-se, em 1987, para a construção de paredes, no que começou por ser um projecto para sala de bailes, salas de apoio e sanitários. Mais tarde, e por proposta da autarquia, pensou-se em evoluir para um espaço de competição desportiva. O que forçaria à alteração das dimensões do recinto para as medidas oficiais de 25 por 44 metros, alterando as iniciais de 18 por 36 metros. Mas os anos passaram-se sem que nada fosse feito. Nem remodelação nem construção de um novo e a desmotivação apoderou-se da ARCRSA e da população. Abandonado, o pavilhão encontra-se em visível estado de degradação e já é conhecido localmente como as ruínas da Ribeira de Santo André.Durante cerca de dez anos tesoureiro e presidente da ARCRSA, Jorge Ribeiro, não poupa a autarquia riomaiorense, considerando que a associação está à espera que o terreno onde está implantado o pavilhão transite para sua posse. “Sem isso não podemos recorrer a empréstimo nem candidatar-nos a fundos comunitários”, afirmou, acrescentando que uma candidatura a fundos comunitários está preparada para dar entrada nos serviços competentes assim que seja feita a escritura.Por parte de Junta de Freguesia de Asseiceira, Augusto Figueiredo reforçou a posição da associação, recordando que sem o terreno na sua posse a ARCRSA não pode candidatar-se a fundos comunitários e avançar para obras.Além disso, o presidente da junta assegura que foi realizada uma escritura entre o empreiteiro da obra e a autarquia, em Dezembro de 2003 e, o presidente da câmara, em assembleia municipal, referiu que está a ser elaborado um protocolo, pela comissão de património da câmara, para a resolução do problema.Da recém empossada direcção da Associação Recreativa e Cultural da Ribeira de Santo André e por desconhecimento do assunto não foi possível obter qualquer opinião. É que os novos órgãos sociais serviram apenas para evitar que a entidade caísse no vazio, com a entrega das chaves, por desmotivação das pessoas.Aposta na concentração de equipamentosPor parte da Câmara de Rio Maior, o chefe da Divisão de Desporto, Manuel Nunes, referiu a O MIRANTE nunca ter tido conhecimento do problema e que tal nunca lhe fora colocada em ano e meio à frente da Divisão de Desporto.“A única coisa que sei é que a construção do pavilhão foi uma iniciativa da Junta de Freguesia de Asseiceira e do associativismo local e a construção, pelo que sei, se arrasta-se há quase 20 anos”, comentou. De acordo com Manuel Nunes, a Câmara de Rio Maior tem todo o interesse em resolver esses problemas, recordando, no entanto, que já foi construído um polidesportivo junto à sede da junta de freguesia, que ficou concluído o ano passado.O chefe da divisão de desporto da edilidade reconhece que existe uma aposta na concentração de infra-estruturas desportivas em Rio Maior, mas dá como exemplo contrário a construção o pavilhão da Freiria. “Há mais população na cidade que nas restantes freguesias do concelho. A pulverização de equipamentos só gera problemas na sua manutenção. E um pavilhão novo não custa menos de 500 mil euros”, alerta em relação ao caso da Ribeira de Santo André.
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