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Adolescentes são o alvo

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Santarém com novas respostas
Uma equipa formada por uma psicóloga, uma educadora social e dois animadores culturais vai começar a trabalhar, a partir de Setembro, no jardim Sá da Bandeira, em Santarém, junto de jovens da faixa etária entre os 12 e os 15 anos, considerada uma das mais problemáticas. O projecto @nijovem contará ainda com uma carrinha itinerante que percorrerá os principais locais de concentração de jovens. Esta é a resposta da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Santarém, face aos números preocupantes com que se vão deparando, designadamente situações crescentes de abandono escolar e delinquência juvenil.Em cada mês deste ano, 18 novos casos de crianças em perigo chegaram à CPCJ de Santarém, sendo que a maioria dos 400 processos acompanhados foram situações de negligência.Num balanço do trabalho desenvolvido nos primeiros seis meses deste ano, o presidente da comissão, Eliseu Raimundo, disse à Agência Lusa que o aumento das situações de negligência confirma uma tendência que se vem registando nos últimos anos.A negligência, situação em que as necessidades físicas básicas da criança e a sua segurança não são atendidas por quem cuida delas, é a causa que provoca mais intervenções da comissão (178 num total de 399 casos acompanhados).Os números permitem ainda verificar que têm vindo a aumentar as situações de abandono escolar, que passaram de 33 casos há dois anos para 50 em Junho último.A CPCJ de Santarém vê com particular apreensão o elevado número de jovens mães existentes no concelho, consequência de situações de abandono familiar e escolar e da toxicodependência. Muitos dos casos de mães com menos de 18 anos são percursos que a comissão foi acompanhando sem conseguir retirar essas crianças da rua.Segundo Eliseu Raimundo, a CPCJ acompanhou ainda 20 processos em Alcanede, uma freguesia referenciada pela existência de trabalho infantil (nas pedreiras, nomeadamente de pedra de calçada, existentes na zona) escondido nos quintais das casas.

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