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Chaminés reais ameaçam ruína

Fissuras aumentam de dia para dia e proprietário admite recorrer aos tribunais

As três chaminés reais do antigo restaurante Ribatejano, em Salvaterra de Magos, estão a cair. O tamanho das fissuras neste monumento com 400 anos aumenta de dia para dia. O proprietário está desesperado e admite recorrer aos tribunais.

As três chaminés reais do antigo restaurante Ribatejano, em Salvaterra de Magos, ameaçam ruína. O alerta volta a ser dado por António Lopes, proprietário do espaço. “Se antes existiam fissuras, agora são autênticas rachas”, refere o queixoso. A responsabilidade é alegadamente de uma construção contígua. “Desde que foram feitas as escavações para alicerçar o prédio de três andares que as chaminés começaram a ruir”, adianta. Mas em caso de colapso total deste monumento de interesse público com 400 anos, a responsabilidade poderá ser também assacada à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que licenciou a construção. Recorde-se que o prédio chegou a ser embargado. No entanto, um mês depois, a obra foi desembargada. Pelo local já passaram especialistas que corroboram da mesma opinião do proprietário. O arquitecto Jorge de Brito, da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, disse, depois de uma visita ao local, que as chaminés reais estão mesmo em risco de ruir. A mesma opinião teve, recentemente, Valter Lúcio, de uma empresa independente de consulta de estudos e projectos. Segundo explicou ao proprietário das chaminés, a obra precisa de uma recuperação urgente, caso contrário vai desabar. E também ele recomendou que o monumento histórico fosse coberto para evitar infiltrações de águas e humidades. “Nada disso foi feito. O empreiteiro limitou-se a cobrir as chaminés, durante algumas semanas, com uns plásticos”, explicou António Lopes. Caso não sejam tomadas medidas até final do Verão para evitar o colapso, o queixoso admite “processar os infractores”. António Lopes volta a reafirmar que “não quer ganhar um tostão de indemnização. O que pretende é voltar a ter as chaminés como elas estavam antes. A recuperação deste património histórico com cerca de 400 anos poderá custar dezenas de milhares de euros. Caso se verifique uma derrocada, o prejuízo será incalculável. ”Todos terão a perder se as chaminés caírem”, referiu.Contactados por O MIRANTE, tanto a presidente de Câmara de Salvaterra de Magos como o proprietário da obra voltaram a não estar disponíveis para comentar esta situação. Mário Gonçalves

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