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Doentes fazem diagnóstico positivo

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Os primeiros dias no novo Centro de Saúde de Alverca

Dez dias depois da abertura ao público, o novo Centro de Saúde de Alverca recebe uma apreciação positiva dos utentes, mas nem tudo está bem. Uma sala de espera pequena, a falta de médicos e a organização na marcação de consultas no CAT são os aspectos mais apontados.

O Centro de Saúde de Alverca abriu portas na segunda-feira, 19 de Julho, depois de vários meses de espera após a conclusão dos trabalhos. A obra teve um custo de mais de dois milhões de euros que não incluiu o moderno equipamento utilizado.Distribuído por três pisos num total de mais de 2.600 metros quadrados de área, dispõe de dois elevadores logo à entrada, podendo transportar pessoas com dificuldades de locomoção e deficientes em cadeiras de rodas.O edifício de aspecto moderno e com várias áreas espelhadas, fica enquadrado numa zona calma, junto à sede da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense e às piscinas municipais, dispondo de estacionamento nas imediações.Mas a aparência não é tudo e há quem pense que há aspectos a melhorar. O MIRANTE ouviu a opinião de alguns utentes, na tarde de segunda-feira, e há pontos consensuais. Os médicos continuam a ser insuficientes e a colocação das senhas para o Atendimento Complementar (AT) a partir das 18 horas é tardia. Para João Nobre, morador em Alverca, que foi acompanhar um familiar àquela unidade de saúde, existe alguma confusão quando os utentes têm que ficar à espera da colocação das senhas à entrada do edifício.Uma opinião partilhada por Paula Gouveia que já se tinha exaltado com essa questão. “ “É a primeira vez que aqui venho e se não precisasse de ser atendida ia-me embora. Cheguei às 18h00 e tirei uma senha e houve logo uma senhora que ma tirou da mão alegando que já cá estava”, referiu, acrescentando que os papelinhos que ditam a vez de cada utente devem estar sempre disponíveis.Para Maria Gertrudes, também de Alverca, o novo centro de saúde é um passo bem positivo para os utentes da cidade, ainda que aponte alguns defeitos do recém inaugurado edifício. “O ar condicionado ainda não está em funcionamento e os corredores parecem-me muito estreitos, além de continuar a ser difícil apanhar consultas”, considerou. “Devia haver mais médicos”, acrescentou.Mais pela positiva Maria Alice Lima elogiou as boas condições das salas de espera, dos consultórios para atendimento, dizendo ainda não sentir saudades do antigo centro de saúde situado na Cova do Bicho. Quanto à sua localização, na Quinta das Drogas, junto à antiga rua da Estação, esta habitante de Alverca considera que não se pode ter tudo ao pé de casa e que não custa tanto aceder ao centro de saúde. Satisfeita com o novo equipamento está Maria Rosalina Figueiredo que foi atendida pela primeira vez naquelas instalações. Em seu entender há finalmente boa organização, disciplina e espaço para utentes e profissionais. O sistema de funcionamento está correctoPara o director do Centro de Saúde de Alverca a questão das senhas está adequada ao serviço prestado. De acordo com Ivo Rodrigues o serviço funciona entre as 18 e as 24 horas fazendo todo o sentido que as senhas para as pessoas marcassem a vez sejam colocadas a partir desse momento. “O que não faz sentido é que as pessoas cheguem antes dessa hora. Se as senhas lá estivessem antes as pessoas tiravam e iam-se embora. Se chegassem um pouco depois das 18 horas perdiam a vez e tinha que tirar senha de novo. Por isso, o sistema está bem assim”, comentou o responsável.Ainda de acordo com Ivo Rodrigues, o ar condicionado está em funcionamento, tratando-se de uma questão de direccioná-lo para os diferentes sectores do edifício. Relativamente a questões de espaço, o director do centro, escusou-se a comentar, tratando-se de questões de projecto previamente definidas. Recorde-se que o funcionamento é assegurado por 12 médicos que transitam no anterior equipamento, além dos que prestam apoio no serviço de atendimento complementar. Distribuído por três pisos, o centro conta os sectores de saúde materna, planeamento familiar e atendimento complementar no piso zero, enquanto no piso um se realizam as consultas de clínica geral, cuidados de enfermagem e vacinação. O piso dois, ainda vazio, destina-se à saúde pública e à direcção do centro e deve abrir em Outubro.
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