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Vinha destruída

Vinha destruída

Disputa de terreno em Cortiçóis (Almeirim) podia ter acabado mal

Dois homens recorreram a uma retroescavadora para destruir parte da vinha de uma mulher viúva residente em Cortiçóis, Benfica do Ribatejo. Na base da acção terá estado uma disputa pela posse do terreno. A GNR de Almeirim tomou conta da ocorrência

A disputa pela posse de um terreno de vinha em Cortiçóis, freguesia de Benfica do Ribatejo, no concelho de Almeirim, levou a que dois homens pegassem numa retroescavadora e destruíssem mais de metade de uma vinha. Cerca das 19h00 de segunda-feira, 19 de Julho, Hermínia Pedro estava em casa quando foi avisada por um conhecido que o seu terreno preenchido com 12 fileiras de vinha e uva quase pronta a colher estava a ser destruído por uma retroescavadora.A moradora e a prima deslocaram-se rapidamente ao local onde exigiram que os dois homens parassem imediatamente com a acção, mas de nada valeu. O mandante e o executante daquela acção já tinham destruído uma parte substancial da vinha.Desesperada e sem poder fazer nada, Hermínia Pedro deitou-se na terra, por baixo da pá da máquina, impedindo-a de continuar. Só aí é que os homens pararam com a destruição, tendo a GNR de Almeirim, entretanto chamada, chegado algum tempo depois, elaborado um termo de identificação dos presentes e aconselhando os homens a retirarem-se.Hermínia Pedro apresentou queixa no posto da GNR na quarta-feira da semana passada e vai avançar com um processo para tribunal com pedido de indemnização. A lesada afirma-se a legítima usufrutuária do terreno que explora, tendo-o recebido dos pais nas mesmas condições, ambos já falecidos.Desde essa altura, Hermínia Pedro tem pago a renda directamente numa entidade bancária. O “mandante” da acção, Domingos Atalaia, supostamente afirma-se como administrador dos bens dos pais da viúva.Segundo a moradora, as divergências já vêm de trás, quando há cerca de seis meses a mesma pessoa trocou os marcos do terreno, levantando o que lá se encontrava e colocando um seu. Situação que já foi reposta.A cerca de três semanas da colheita, Hermínia Pedro viu-se privada de uma boa parte da produção, calculada em cerca de dez toneladas de uva para venda, tendo apenas uma reforma de cerca de 215 euros como subsistência.Um somatório de azares a que se juntou recentemente o falecimento do filho (há um ano), um fogo que destruiu grande parte do rés-do-chão de sua casa e, agora, a vinha destruída. Para piorar a situação e para poder seguir com o processo em tribunal, a colheita que escapou à fúria dos dois homens não pode ser mexida. O MIRANTE tentou contactar um dos visados, Domingos Atalaia, mas não conseguiu chegar à fala para obter a sua versão dos acontecimentos.
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