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Bênção do Gado despede-se até 2008

Tal como há 100 anos, a Sociedade Velha Filarmónica de Riachos abriu o cortejo etnográfico que durante cerca de três horas desfilou pela rua principal da vila, no domingo, 1 de Agosto. No palanque o pároco da freguesia abençoava o gado, hoje mecanizado, e na tribuna em frente as entidades oficiais, ladeadas por populares, acompanhava o ministro das Cidades, José Luís Arnaut.As juntas de bois de trabalho cumpriu de novo o seu trabalho neste cortejo com o qual se pretende reviver a tradição e mostra as actividades económicas desta terra de raízes rurais. O carro da lenda e o carro que transportou a imagem do Senhor Jesus dos Lavradores seguiam logo depois da Filarmónica. Este último guiado por um dos últimos boeiros de Riachos, Manuel da Luz, acompanhado pelo neto.Depois são os tractores e camionetas representando cenas do trabalho do campo de antigamente ou apetrechadas com novas alfaias. Pelo meio os campinos, os cavaleiros a fazerem bonitos com as suas montadas e a parar pelos cafés onde os amigos lhes oferecem copos de água ou cerveja para matar a sede, porque às quatro da tarde a sede custa a suportar.O cortejo é, de facto, o ponto alto desta festa. Os populares capricharam no embelezamento das ruas e na decoração das camionetas e reboques. Milho, melancias e melões foram plantados há meses para cobrir as carroçarias. Os condutores tal como os acompanhantes retiraram as roupas dos baús, puseram os chapéus de aba larga e carapuços, não esquecendo o lenço vermelho de barras pretas e brancas com que limpavam o suor.A festa deverá voltar daqui a quatro anos, para manter uma “tradição com futuro”.

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