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Muita juventude e pouca experiência

Sport Lisboa e Cartaxo está ainda à procura de um avançado

O Sport Lisboa e Cartaxo não está a ter uma pré-época fácil. Apesar do reconhecido valor da maior parte dos jogadores que transitaram da época passada, o plantel é jovem e inexperiente e, em cinco jogos, a equipa perdeu quatro e ganhou apenas um. O médio Fred (ex-Marinhense) tem dado nas vistas entre os oito reforços, mas nota-se claramente a falta um avançado de raiz, que poderá vir ainda antes do início do campeonato.

O plantel sénior do Sport Lisboa e Cartaxo para a nova época volta a ter como característica principal a juventude dos seus jogadores. No ano do regresso da equipa aos campeonatos nacionais (Série E da terceira divisão), o clube manteve a maior parte dos futebolistas da época passada e reforçou-se com oitos novos atletas, a maioria jovens na casa dos vinte e poucos anos.Pedro Miguel, Samuel e Hilário (todos vindos do Fazendense), Vicente (ex-Vilafranquense), Frederico (ex-Marinhense), André Diogo (ex-Carregado), Sandro Gomes (ex-Benfica B) e Armando (ex-Vendas Novas) são as oito caras novas à disposição de Leonel Madruga, que continua a orientar a equipa.Da época passada transitaram Peter, João Pedro, Pedro Matos, Nuno Casimiro, Elves Brito, Diogo Diogo, Gabriel, Hugo, Telmo Oliveira, Rui Sequeira e Alcobia, tendo sido promovidos os juniores Fábio, Rebocho, Pedro Deus e Ivo.Com duas semanas de treino, o Cartaxo já fez cinco jogos de preparação com equipas da terceira divisão nacional, tendo vencido um e perdido quatro. O primeiro jogo, frente ao Portomosense, saldou-se numa derrota por 2-0, seguindo-se novo desaire frente ao Monsanto (3-0). A única vitória da equipa cartaxeira até ao momento aconteceu frente ao Riachense (2-0), a que se seguiu mais uma derrota frente ao Nazarenos (2-0).No domingo, no primeiro jogo-treino em casa, o Cartaxo perdeu 3-2 com o Loures, equipa treinada pelo ribatejano Nuno Presume. Para este jogo, Leonel Madruga apresentou um onze inicial com quatro caras novas.As alterações começaram logo na baliza, onde jogou Pedro Miguel, contratado ao Fazendense. As mudanças continuaram na defesa. André Diogo, campeão nacional de juniores pelo Alverca que na época passada esteve emprestado ao Carregado, foi o lateral direito. No eixo, ao lado de Pedro Matos, jogou Samuel (ex-Fazendense), enquanto Nuno Casimiro jogou na faixa esquerda.A quarta alteração registou-se no miolo do meio campo, com a inclusão de Frederico (Fred), jogador formado nas escolas da Académica de Santarém, mas que já jogou no União de Leiria e que na época passada esteve emprestado ao Marinhense. Jogando à frente de Alcobia, que foi o médio mais recuado, fazendo a posição de trinco, Fred encheu o relvado e foi o melhor jogador em campo, prometendo ser uma das principais revelações da Série E.Elves Brito jogou na sua posição habitual, como médio centro mais avançado, enquanto as laterais ficaram entregues a Hugo e Telmo Correia. Diogo Diogo foi quase sempre o elemento mais adiantado, embora trocasse várias vezes de posição com os colegas de ataque.Foi com este onze que o Cartaxo chegou ao primeiro golo frente ao Loures, a meio da primeira parte. Telmo Oliveira bateu um livre junto à linha lateral esquerda, a bola cruzou a pequena área e foi parar ao segundo poste, onde Samuel aproveitou a sua envergadura física para cabecear para o fundo das redes.A vantagem do Cartaxo durou pouco porque, volvidos quatro minutos, um desentendimento entre Fred e Pedro Miguel fez com que o primeiro fizesse um auto-golo. O médio atrasou, de cabeça, para a zona central da baliza, um espaço proibido, mas o guardião estava ligeiramente adiantado e não conseguiu segurar a bola, que se anichou no fundo das redes. A igualdade a um golo manteve-se até ao intervalo.Na segunda parte, Nuno Presume e Leonel Madruga fizeram várias substituições, com resultados mais positivos para o Loures, que chegou ao 2-1 na sequência de uma grande penalidade desnecessária cometida por Pedro Miguel, que Hélder Guia (ex- Torres Novas) concretizaria sem dificuldade.O Cartaxo chegaria ao empate depois de uma boa jogada pela esquerda concluída por Diogo Diogo, mas, a dez minutos do final, o Loures voltaria a adiantar-se depois do sector mais recuado da equipa da casa ter ficado a ver jogar. O Cartaxo ainda dispôs de duas boas oportunidades para marcar, mas os visitantes acabaram por ganhar por 3-2.À procurade um avançadoO jogo com o Loures deixou patente que o sector avançado é o mais frágil do Sport Lisboa e Cartaxo. Falta uma referência no ataque, um jogador que saiba jogar no meio dos centrais, de costas para a baliza, e fazer assistência para os médios ofensivos.A lacuna já foi identificada por Leonel Madruga. O treinador diz que o clube está a aguardar que apareça no mercado um jogador com perfil para representar a equipa e que se enquadre dentro do orçamento definido pela direcção.O técnico considera que a equipa está a trabalhar bem mas reconhece que o plantel é muito jovem e muito inexperiente. “Estamos a cometer muitos erros nesta pré-época. A equipa é boa, temos muita qualidade, mas muito para trabalhar e melhorar. Estamos a aprender para tentar rectificar e tenho muita esperança nesta equipa e nestes jogadores, apesar de considerar que falta uma peça ou outra”, resumiu Leonel Madruga.Nuno Presume assumecandidaturaO treinador do Loures, o ribatejano Nuno Presume, assume que este ano a equipa vai voltar a lutar pela subida à segunda divisão B, depois de na época passada ter terminado na terceira posição. “Já o ano passado lutámos e vamos esperar que este ano consigamos a subida. Talvez tenhamos uma equipa que não virá jogar um futebol tão bonito como na época passada, mas seremos mais práticos e objectivos, até porque em termos de estatura subimos muitos centímetros, o que é fundamental nesta série. Mas como nós há mais dez equipas e temos muito trabalho pela frente”, afirmou o técnico.Analisando o que pode esperar Cartaxo e Fazendense na Série E, Nuno Presume diz que é um campeonato mais competitivo do que a Série D, onde habitualmente jogam as equipas do distrito de Santarém.“A melhor equipa da Série E não é melhor que a melhor equipa da Série D. O problema é que na Série E há dez “melhores” equipas enquanto na Série D há três ou quatro. Isto torna a Série E extremamente competitiva e torna o processo de treino e o conhecimento das outras equipas fundamental. E mesmo assim, por vezes não chega para atingirmos os nossos objectivos”, conclui o treinador.

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