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Um artista inspirado pela vida

Um artista inspirado pela vida

António Fagulha pintor e amante da natureza

António Fagulha é um operário reformado que pinta desde os tempos de escola. Nasceu na Azinhaga onde viveu até há três anos atrás quando casou pela segunda vez e mudou residência para Santarém. Um artista de que vale a pena conhecer a arte e que aprendeu sozinho tudo o que sabe.

António Fagulha é um pintor da Azinhaga que assentou arrais em Santarém depois de vier 55 anos na terra onde nasceu e cresceu para a vida. Pintor autodidacta Fagulha começou a trabalhar numa fábrica aos 18 anos e foi como operário que trabalhou até á idade da reforma. Desde criança que sente o apelo pela arte de pintar. Na escola os professores desde muito cedo descobriam o seu jeito para a pintura e, com frequência, no tempo do ciclo preparatório, ia para a Portas do Sol em Santarém treinar a mão de artista. O que mais gostava na escola era da matemática e do desenho, recorda, lembrando que tinha consciência que eram as disciplinas que os colegas menos gostavam o que lhe dava uma certa satisfação.Embora pratique a pintura desde muito jovem António Fagulha nunca frequentou cursos nem escolas de ensino. “Sempre quis fazer da pintura um hoby. Tudo o que sei aprendi sozinho e ainda hoje é assim que gosto de partir para novos desafios”, conta o pintor enquanto nos mostra na sua casa de Santarém os últimos trabalhos. Num espaço improvisado de sua casa, onde instalou o seu atelier, António Fagulha mistura quadros que retractam paisagens com outros onde experimenta técnicas e temas mais ousados. Pelas várias sala de sua casa estão expostos dezenas de outras obras entre elas algumas esculturas e colagens. Algumas delas têm bastantes anos e fazem parte da mobília conforme fez questão de referenciar.Embora até hoje só tenha exposto na Azinhaga António Fagulha não enjeita a hipótese de a médio prazo organizar uma exposição dos seus trabalhos em Santarém. “Tudo o que fiz até hoje só mostrei na minha terra e a maior parte dos quadros que pintei também foi lá que os vendi. Alguns já nem sei por onde andam. Outros que considero também muito significativos são propriedade de entidades locais e quando se organizam as festas aparecem em público pois retractam lugares e monumentos da freguesia”.Orgulhoso de ter nascido na terra de José Saramago, Serrão de Faria e Augusto Barreiros, António Fagulha tem também uma vida dedicada ao associativismo já que foi director do rancho folclórico Os Campinos da Azinhaga e actor amador.Um segundo casamento com a professora (reformada ) Ernestina Oliveira, também ela artista plástica, proporciona-lhe a paz e o conforto que precisa para continuar a pôr nas suas telas a luz e a cor que, na sua opinião, fazem a diferença na sua pintura.Porque se considera um amante da natureza Fagulha admite a inspiração divina quando consegue transportar para a tela a beleza dos campos floridos. “Eu não gosto só de pintar paisagens, gosto também de as ver e de as sentir pois não raro preciso de sentir o cheiro do campo para respirar melhor e viver mais feliz”, confessa.Sobre os seus últimos trabalhos António Fagulha diz que já têm dono. Os filhos vão passar lá por casa um dia destes e prometem esvaziar o espaço. Como tempo e alma para pintar não lhe faltam António Fagulha promete não dar descanso ao cavalete. Sobre a possibilidade de pintar por encomenda ou ainda quanto ao seu desejo de fazer uma exposição em Santarém Fagulha diz que está disposto a aceitar todas as propostas: as do destino e as dos deuses que lhe inspiram a vida.
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