Com poucas mexidas em relação à época passada, a equipa de Riachos, agora comandada por João Henriques, apresentou-se em Torres Novas disposta a vencer e, principalmente na primeira parte, foi superior ao seu adversário. Mas os seus avançados foram pouco mais do que inofensivos, e quando se conseguiam soltar esbarravam no seu ex-companheiro de equipa Galrinho, que fez um punhado de defesas de grande categoria.O Torres Novas lutou muito, tentou pressionar em todo o terreno, mas o Riachense conseguiu sair com facilidade para o ataque, muito por mérito do seu meio campo, formado por Luciano, Tiago, Hugo Costa e Pereira, que dominava essa zona nevrálgica do terreno e lançava rápido Alvegas e Carriço, criando várias oportunidades para marcar.O festival Galrinho começou logo aos 12 minutos, altura em que Paz Miguel derrubou Tiago Vieira dentro da área. O árbitro Adelino Crespo não teve dúvidas e assinalou grande penalidade, Alvegas encarregou-se da sua marcação e o guarda-redes efectuou um excelente defesa.Ao longo da primeira parte as oportunidades de golo pertenceram quase por completo ao Riachense, mas Galrinho foi imperial e os avançados também mostraram uma grande falta de poder de concretização. Rebocho apenas por uma vez foi chamado a uma intervenção mais difícil. O intervalo chegou com um empate que era muito lisonjeiro para os torrejanos.A segunda parte foi bem pior. As muitas substituições efectuadas pelos dois treinadores, e a predisposição dos jogadores para entrarem em picardias, prejudicaram o espectáculo, e obrigaram o árbitro a actuar disciplinarmente por diversas vezes. Milú acabou mesmo por ser expulso aos 71 minutos de jogo.O Torres Novas acabou por ser mais feliz e venceu o jogo. O golo que ditou a vitória foi obtido, de cabeça, por Leandro quando eram decorridos 53 minutos de jogo, numa fase em que equilíbrio era a nota dominante.O Torres Novas e o Riachense mostraram nos dois jogos que disputaram no torneio, boas credenciais. Os torrejanos foram mais consistentes, principalmente no capítulo da finalização, que foi a grande pecha da equipa de Riachos e onde João Henriques ainda tem muito que trabalhar.João Henriques pode ter resolvidoo problemada concretizaçãoO treinador do Riachense, João Henriques aceitou a ideia de que a sua equipa falhou sobretudo no capítulo da finalização. “A equipa correspondeu em pleno ao que lhe foi pedido e no jogo com o Torres Novas foi superior, principalmente na primeira parte, altura em que podíamos ter feito dois ou três golos. Só pecámos na finalização”, referiu.Contudo, João Henriques pode ter já resolvido esse problema. No jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares, destacou-se o ponta de lança Carlos, que para além de marcar os dois golos da vitória, mostrou pormenores que, com outro entrosamento com os companheiros, podem fazer dele o jogador de ataque que falta na equipa.“Carlos mostrou realmente que é um jogador com as características que faltavam no plantel. Está cá há pouco tempo mas creio que vai ficar na equipa”, referiu João Henriques, que se considerou satisfeito com o trabalho desenvolvido, mas deixou o aviso de que ainda há muito trabalho pela frente, porque o campeonato vai ser muito duro. “O grupo é forte, existe uma disponibilidade total para trabalhar, estou confiante em relação ao futuro, mas é preciso ainda fazer muito mais para atingirmos a meta a que nos propomos”.