Empresa transforma cinzas de humanos em diamantes
Na Suíça
Uma empresa suíça desenvolveu uma alternativa para preservar as cinzas de um familiar cremado: em duas ou três semanas transformam-nas num diamante que ajudam depois a colocar num anel ou colar.
A empresa Algordanza (Lembrança, em romansh, a língua minoritária da Suíça) começou a trabalhar em Julho, anunciando-se como a única firma na Europa que transforma cinzas humanas em diamantes.O director da empresa, Veit Brimer, garantiu segunda-feira que a iniciativa está a suscitar bastante interesse junto do público nacional e internacional, com cerca de 200 pedidos de informação na página da Internet da firma.Sedeada em Chur, próximo da fronteira suíça com o Liechtenstein, a empresa explica na sua página que, tal como as pessoas, não há dois diamantes iguais, podendo a pedra preciosa servir como uma lembrança eterna “de uma vida única e maravilhosa”.Para produzir os diamantes sintéticos, as cinzas humanas são purificadas, depois aquecidas e colocadas, sob intensa pressão, num centrifugador, durante três a quatro semanas. “Os cristais do diamante surgem como na natureza. Excepto que neste caso não é preciso esperar milhões de anos, apenas algumas semanas”, explica Brimer.“O processo é idêntico e alguns especialistas sentem dificuldade em distinguir os diamantes que fabricamos e os naturais”, sustentou.Criados com este método, os diamantes assumem uma coloração azulada, o que os torna ainda mais especiais porque são idênticos às versões mais raras encontradas na natureza, acrescentou.A empresa vai oferecer várias opções, desde um pedestal de granito a jóias únicas, cujas pedras poderão ainda ser gravadas com nomes e datas. Os preços variam entre os 600 francos (391 euros) por um anel simples e os 5.600 francos (cerca de 3.651 euros) por um diamante de meio quilate.As pedras podem ir até um quilate e meio, dependendo do período que passam na centrifugadora.A empresa tem vindo a receber vários pedidos de pessoas que pretendem ser transformadas em diamantes quando morrerem. E até já recebeu um pedido para transformar as cinzas do cavalo predilecto de uma família. “Para já, estamos a limitar os serviços a humanos”, explicou o responsável da firma.Lusa
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