A concessão de novas reservas de caça associativa está a provocar reacções nos caçadores de regime livre e alguns ameaçam não respeitar a sinalização colocada e avançar para os terrenos na abertura oficial da caça no próximo domingo, 22 de Agosto. O presidente da Associação de Caçadores Segurança e Prudência, em Samora Correia, confirmou a O MIRANTE que após a colocação das vedações e das placas sinalizadoras nas novas reservas do Poço do Loureiro( propriedade da Casa Prudêncio) e Herdade da Adema recebeu ameaças via telefone de caçadores que prometeram invadir as reservas e até incendiar os terrenos. Clariano Ferreira Abreu, um oficial do exército aposentado que lidera a associação, confirmou ao nosso jornal que deu conta das ameaças à GNR, pediu o reforço da vigilância nos locais e tomou medidas para poder identificar possíveis invasores.“Estamos atentos ao que poder vir a acontecer, mas pensamos que tudo irá correr com calma e serenidade porque as reservas estão aprovadas pelo Governo”, disse.As portarias que criam as duas reservas 1033-BH/2004 e 1033-CB/2004 foram publicadas no Diário da República I série B de 10 de Agosto e referem a concessão à associação por um período de seis anos. A publicação insere dezenas de portarias a criar, renovar e revogar zonas de caça associativa.A Associação de Caçadores Segurança e Prudência tem 35 sócios, residentes na freguesia de Samora Correia e cada um paga 25 euros mensais para poder caçar nas reservas associativas que irão funcionar em terrenos cedidos gratuitamente pela Casa Prudêncio e Herdade da Adema. Na primeira reserva, a associação colocou um guarda florestal do qual assumirá o pagamento de salário. O vigilante vai ficar a viver em instalações cedidas pelos proprietários que permitiram também a criação de um parque de estacionamento para os caçadores.