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O pesadelo de atravessar Riachos

O pesadelo de atravessar Riachos

Apelo ao civismo para evitar estacionamento desordenado em época de obras

As inevitáveis obras na rua principal de Riachos obrigaram a mexidas na circulação automóvel que estão a gerar alguns problemas. O trânsito está a ser desviado por ruas estreitas onde o estacionamento desordenado ainda agrava mais as dificuldades. O presidente da junta pede mais civismo e cumprimente da sinalização pelos automobilistas.

Atravessar a vila de Riachos, no concelho de Torres Novas, tornou-se um pesadelo desde que se iniciaram as inevitáveis obras na Rua Principal. Com o corte dessa artéria ao trânsito, a circulação é feita pela Rua do Campo no sentido da Golegã e pela Rua dos Sargaços, em direcção ao Tocha e à Rotunda dos Cingeleiros, passando por ruas estreitas, com viragens à esquerda e à direita, para quem pretende dirigir-se para a A 23 ou Torres Novas. No entanto, o maior problema é o estacionamento junto aos cruzamentos e em vias onde mal cabe um camião.Para o presidente da junta de freguesia, João Cardoso (PS), a circulação seria muito mais facilitada se fossem cumpridas as regras de trânsito e houvesse maior consciência cívica, principalmente nos estacionamentos. “Há pessoas que até parece que fazem de propósito”, lamenta o autarca adiantando que até ao momento não houve um problema grande, nem foi necessário pedir a intervenção da GNR. João Cardoso refere também o desrespeito pela nova sinalização colocada devido às obras. Como os trabalhos começaram junto à Rua dos Sargaços, aos eucaliptos, e prosseguem até ao cruzamento da rua Principal com a José Marques, o trânsito foi cortado logo no início da vila, para quem vem de Torres Novas, continuando a ser permitida a circulação a moradores. Mas para quem conhece Riachos o sinal pouco valor tem.“Se o trânsito fosse cortado para todos íamos prejudicar os moradores e comerciantes. Assim é preciso que os condutores respeitem a sinalização para não atrapalhar os trabalhos. No fim de contas todos querem as obras e depois criam problemas porque não respeitam os sinais de trânsito”, critica João Cardoso.A primeira fase desta empreitada (dos cruzamentos das ruas dos Sargaços à dr. José Marques) tem um prazo de execução de 60 dias. Limite que dificilmente será cumprido na opinião do presidente de junta. A colocação dos passeios implica a instalação prévia de pluviais e de condutas ao colector principal para algumas habitações que ainda não estão ligadas ao sistema central de saneamento básico. João Cardoso pretende ainda que, na mesma empreitada, seja reparada ou substituída a canalização de água e colocados os cabos para semáforos. Possibilidade que, segundo o vereador Mário Mota (PS), está a ser estudada: “O ideal seria instalar todas as infra-estruturas e, no caso da água, muitas das canalizações ainda são em fibrocimento”, adianta o vereador.A colocação de passeios na rua principal de Riachos é uma das obras mais reclamadas pelos autarcas que, ao longo dos anos, passaram pela junta. A obra foi sendo sucessivamente adiada devido aos custos que envolve e à dificuldade em encontrar soluções para alguns casos. Habitações abaixo do nível da estrada, muros e casas que ladeiam a rua onde a colocação de passeios origina o inevitável estreitamento da faixa de rodagem são alguns exemplos.Com passeios os peões ficam mais protegidos, mas o problema do trânsito na Rua Principal de Riachos, que atravessa a vila e recebe os topónimos de ruas da Estação e da Bênção do Gado, só desaparecerá, pelo menos em grande parte, quando for construído o viaduto sul sob a linha férrea, cuja obra não está sequer iniciada. A partir daí o tráfego, sobretudo de pesados, circulará pela denominada variante de Riachos. Até lá a via de acesso à A 23 vai continuar a ser a Rua Principal da vila. Margarida Trincão
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