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Diferença de andamentos justifica goleada

Diferença de andamentos justifica goleada

Fazendenses incapazes de travar jovens benfiquistas com sangue na guelra

O Fazendense perdeu com o Benfica B por 4-0 no primeiro jogo oficial da nova época. A estreia esteve longe de ser promissora, mas o treinador da equipa, Jorge Moreira, embora assumindo que a equipa falhou no seu todo, está confiante que na próxima jornada o cenário já vai ser diferente.

Correu mal a estreia do Fazendense na Série E da terceira divisão. Frente ao Benfica B, cedo se notou a diferença de valores e andamentos entre as duas equipas. A equipa benfiquista, formada por jovens jogadores com sangue na guelra evidenciou sempre um maior colectivismo e sobretudo uma maior velocidade sobre a bola e sobre o seu adversário mais directo.O Fazendense acusou em demasia o facto de estar a jogar perante uma equipa representativa de um dos grandes do futebol nacional e raramente conseguiu controlar a situação. Contudo, a resistência dos homens das Fazendas de Almeirim durou até bem perto do intervalo. Apesar de alguns sustos sofridos até então, como por exemplo logo aos dois minutos, em que Hélio Roque, desmarcado no centro da área, atirou a bola à barra da baliza defendida por João Paulo.Os jovens jogadores do Benfica foram sempre superiores, mas esbarravam numa defensiva bastante dinâmica do Fazendense, onde sobressaíam os centrais Fábio e Cacheta. Mas aos 42 minutos, a equipa de arbitragem que alinhava de camisola verde, resolveu vestir de vermelho e assinalou uma grande penalidade contra o Fazendense, que só existiu na sua imaginação.Num lance de bola parada, surgiu um cruzamento para o interior da área e, ao segundo poste, saltaram dois jogadores do Benfica com Luís Amante ensanduichando-o. O árbitro apitou a interromper o jogo, toda a gente pensou que para assinalar livre contra o Benfica, mas foi com espanto que assinalou grande penalidade contra o Fazendense. Manuel Curto encarregou-se da sua transformação e fez o primeiro golo do jogo.Quebrou assim ainda antes do intervalo a resistência dos comandados de Jorge Moreira, que, pouco depois, sofriam o segundo golo. Numa jogada rápida pela direita, João Coimbra colocou a bola por alto na área, um defesa do Fazendense tentou o corte de cabeça, mas não fez mais do que colocar a bola nos pés de Hélio Roque que, desmarcado na esquerda, voltou a bater João Paulo com um remate cruzado, resolvendo desde logo o resultado do jogo.Mesmo sem ligação entre os sectores e sem fluidez de jogo, o Fazendense era, pelo menos, uma equipa combativa perante um Benfica B mais compacto, com maior sentido colectivo e que demonstrou inteligência para explorar as fragilidades do adversário.No início da segunda parte, nova falha tremenda de marcação, com Matias batido em velocidade pelo irrequieto Hélio Roque, cruzamento para a área e os centrais a serem batidos pela entrada fulgurante de Manuel Curto.Perante a incapacidade física e táctica do Fazendense, o Benfica B controlou o jogo a seu belo prazer, e até se deu ao luxo de desperdiçar três ou quatro excelentes oportunidades de golo. Os jovens jogadores encarnados recreavam-se com a bola e, mesmo jogando a passo, dominavam a seu belo prazer.Ainda antes do apito final, o Benfica fez mais um golo, praticamente tirado a papel químico do terceiro. A bola foi colocada na direita em Hélio Roque, que sem qualquer adversário por perto, cruzou com conta peso e medida para a cabeça de Alex, que desviou a bola para o fundo da baliza de João Paulo, estabelecendo o resultado final, que apenas pecou por ser escasso face a tanto domínio.A equipa comandada por Jorge Moreira pareceu algo desorganizada. Na defesa salvaram-se os centrais, no meio campo ninguém se entendeu, e no ataque apenas se deu pela presença de Rui Lopes devido ao seu espírito de luta, já que Rui Nereu não foi chamado a intervir por uma única vez.O Fazendense “morreu” ao intervalo, de tal forma se arrastou durante toda a segunda parte. Meteu dó tanta falta de alma e de chama. A equipa entregou-se completamente e isso não foi um bom sintoma.
Diferença de andamentos justifica goleada

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