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O ano do regresso

Atlético Clube Alcanenense quer voltar esta época à primeira divisão distrital

O Atlético Clube Alcanenense entra na época de 2004-2005 com o objectivo claro de subir de divisão e regressar ao escalão máximo do futebol distrital. O ano passado a subida esteve bem perto. O clube esteve a lutar pelo primeiro lugar da Série B da segunda divisão até às últimas jornadas, mas acabou por ficar em segundo lugar e participou na “poule” de apuramento do quarto classificado, ficando mais uma vez a um escasso lugar da subida.

Este ano, dirigentes e jogadores querem deixar o azar para trás e assumem a luta pela promoção. “O clube tem capacidade, valor e estruturas para estar na primeira divisão distrital. Se não acontecer não há problemas, ficamos amigos como antes, mas o nosso objectivo é esse refere Vítor Lúcio, presidente da Comissão Administrativa que gere o Alcanenense.Opinião semelhante tem o treinador, Júlio Colaço que o ano passado repartia o comando técnico com Vítor Lúcio mas que este ano vai dirigir a equipa sozinho. “Temos sempre de contar com os adversários. O ano passado começámos muito mal mas depois acabámos bem e estivemos à beira de ser primeiros. Este ano, temos jogadores com mais valor que na época anterior, a equipa está mais equilibrada e, se tudo correr bem, poderá ser o ano do regresso”, acredita.O plantel é totalmente amador e só o massagista e alguns jogadores de fora de Alcanena recebem um pequeno subsídio para transporte. Despesas que não ultrapassam os 400 euros mensais e que são o que o clube pode pagar nas condições actuais.A maioria (12) dos vinte jogadores transita da época passada. São os casos de David Marques, Gonçalo Vences, Gonçalo Inácio, Gonçalo Rita, Igor, João Pedro, Luís Justino, Nuno Vences, Nuno Nobre, Saúl, Sérgio Vences, Tiago Costa. O clube contratou Pedro Tiago (Monsanto), Bruno Pereira e Samuel (ambos ex-Mindense), Bruno Parreira e Filipe Rosa (os dois ex-Parceiros de São João), Luís Contente (ex-Carregueirense) e Germano e Luís Gomes, que na época passada, não estavam federados.Depois do clube ter batido no fundo devido às dívidas deixadas por direcções anteriores, o Alcanenense está actualmente num processo de recuperação financeira. Há dois anos as dívidas ascendiam a 220 mil euros, actualmente são ainda de 113 mil euros, sobretudo às finanças por impostos em atraso.O presidente da Comissão Administrativa diz no entanto que o Estado não tem sido pessoa de bem em relação ao clube. “Somos assoberbados com ofícios da Direcção Geral de Impostos a exigir até o pagamento de IRC. Só que somos instituição de utilidade pública desportiva desde 1988 e a lei diz que este tipo de instituições está isenta deste imposto”, refere Vítor Lúcio. São cerca de 7.500 euros anuais que o clube está a pagar, alegadamente de forma indevida. “Já chamámos a atenção disso mas ninguém resolve o problema”, acrescenta.O mesmo responsável lamenta também o pouco interesse da maior parte dos associados, que se afastaram do clube na altura em que ele mais precisava. “As pessoas afastaram-se mas esta era a melhor altura para regressarem porque não se está a comprometer o futuro do clube”, refere Vítor Lúcio, acrescentando que nos últimos três meses houve apenas 580 euros de receita de cotização.

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