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Governo cria empresa para gerir terrenos da Ogma

Paulo Portas quer evitar especulação imobiliária

O Ministério da Defesa vai criar uma empresa para gerir os terrenos da Ogma-Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca.A nova Ogma Imobiliária, S.A. deverá ter um capital social de 30 milhões de euros e será participada a cem por cento pela Empordef, “holding” que gere as empresas públicas de defesa.

As vivendas que a Ogma detém no centro da cidade de Alverca não deverão ser incluídas no património da nova empresa.A constituição da nova empresa está prevista em diploma publicado em Diário da República e pretende evitar a alteração de uso dos terrenos e o surgimento de projectos imobiliários.Recordamos que 35 a 65 por cento do capital da Indústria Aeronáutica de Portugal deverão ser vendidos a privados até ao fim do ano.Na reunião da Comissão Parlamentar de Defesa, o ministro Paulo Portas garantiu que o Governo pretende separar com toda a clareza os terrenos da empresa, de modo a que ninguém se possa interessar pela Ogma porque se interessa pelos terrenos. O sindicato dos trabalhadores do sector -Sitava, já reuniu com a nova presidente da Ogma, Rosário Ventura e o assunto foi abordado. No final do encontro, o representante do Sitava, Jorge Lopes, defendeu que deverão ser fixadas cláusulas que salvaguardem e evitem alterações de uso do solo por um prazo de 30 anos. O sindicalista propôs a manutenção de rendas baixas, para que o novo accionista não se sinta impelido a procurar novos locais para a actividade. “A ser assim, penso estarem criadas as condições para não haver tentações de deslocalização”, afirmou. Entretanto as mudanças na Ogma não param. Os laboratórios químicos da Ogma passaram para a tutela do Instituto da Soldadura e da Qualidade (ISQ), uma instituição pública sem fins lucrativos. O Sitava criticou esta mudança. Jorge Lopes lembrou que os problemas estruturais que existem nos laboratórios poderiam estar resolvidos com a instalação do material adquirido nos últimos anos.

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