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Entroncamento discute adesão à empresa Águas do Centro

A Câmara Municipal do Entroncamento discute segunda-feira a eventual adesão do município à empresa “Águas do Centro”, que gere os sistemas de saneamento básico e de abastecimento de água em vários municípios do centro do país. A aprovação da proposta, apresentada pela empresa, que merece o acordo do PSD, que lidera a autarquia, vai depender do sentido de voto do PS. Bloco de Esquerda e CDU já manifestaram a sua discordância Esta sexta-feira os responsáveis pelas “Águas do Centro” vão reunir-se com os vereadores da oposição da Câmara do Entroncamento para esclarecer as razões que os levaram a elaborar um estudo com base no Censos de 1991, ou porque é que prevêem para esta cidade um crescimento populacional inferior ao de Mação.Dos esclarecimentos prestados irá depender a votação do PS. “Neste momento ainda não tomámos qualquer decisão”, diz o vereador José Eduardo Fanha Vieira, que acrescenta: “O processo foi mal conduzido desde o início e a prova é que nunca reunimos com os responsáveis pela empresa”.Para António Ferreira (CDU) e Henrique Leal (BE) o problema é mais abrangente. “É uma questão de princípio, porque não entendemos quais as vantagens de privatizar a água”, diz Henrique Leal. O representante do Bloco de Esquerda considera que a adesão às “Águas do Centro” só terá desvantagens que começam pelo aumento dos custos. “Prevemos que se o Entroncamento aderir as despesas aumentem entre 30 a 50 por cento e a Câmara não poderá suportar este acréscimo sozinha, logo ele terá de ser pago pelos munícipes”.A posição de António Ferreira é similar. Considera que deveria ser feito um outro estudo com dados mais actuais e discorda da criação de empresas multimunicipais. “Defendemos empresas intermunicipais, mas o próprio Estado encaminha e pressiona a constituição de multimunicipais e qualquer dia multinacionais”. Critica também o pouco rigor com que o estudo foi feito: “A projecção é a 30 anos e em 2034 prevê-se que a população do Entroncamento seja inferior há que existe actualmente”. Estas incorrecções implicam o subdimensionamento das infraestruturas projectadasO PSD, partido maioritário, é o único que não parece ter grandes dúvidas quanto à adesão às “Águas do Centro”. “Este é um passo fundamental, caso contrário ficaremos orgulhosamente sós, porque que eu saiba todos os munícipes vizinhos aderiram”, afirma o social-democrata João Fanha.Recorde-se entretanto, que a empresa Águas do Centro propôs à Câmara que, mediante a assinatura de um protocolo entre as duas entidades, procederia a obras de beneficiação da estação elevatória da zona norte do Entroncamento. Estes trabalhos serão gratuitos para a autarquia se se verificar a adesão. Caso contrário a autarquia terá de ressarcir a empresa dos custos e dos juros, se existirem.

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