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Sócios têm a última palavra

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Caixa Agrícola do Ribatejo Centro, com sede em Santarém, pode fundir-se com a de Alcobaça

A Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Centro, com sede em Santarém, pode ser extinta enquanto personalidade jurídica, ficando dependente da Caixa de Alcobaça. Fontes ligadas ao processo temem pelo futuro do balcão da capital de distrito e de outras dependências a ele ligadas.

Os associados da Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Centro (CCARC), com sede em Santarém, vão decidir a 20 de Setembro, em assembleia-geral marcada para a vila da Marmeleira (Rio Maior) se a entidade se vai fundir com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, passando a ficar sob a sua tutela. Para uns, é uma medida que dará mais força à instituição num cenário de grande agressividade no mundo da banca. Para outros, significa uma perda de influência de Santarém. Alguns elementos da Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Centro consideram que caso os associados da cooperativa optem pelo sim, Santarém pode perder poder de decisão. Mas também temem pelo futuro dos funcionários e pelo desenraizamento dos clientes da caixa face a uma nova administração fora da capital do Ribatejo.A reunião magna encontra-se convocada desde 17 de Agosto e divulgada em cima do balcão da sede em Santarém. A direcção da CCARC, composta por cinco elementos, dois de Santarém e três de Rio Maior, foi suspensa por um ano, em Outubro de 2003, ficando a direcção provisória que a substituiu mandatada para entrar em negociações com a direcção que vier a ser entretanto nomeada.A fusão, alegadamente com o intuito de fortalecer a posição da entidade no mercado, com base numa alegada falta de fundos próprios da Caixa de Santarém, não convence alguns elementos a ela ligados. Em seu entender tudo se resume a uma questão de influência. Segundo dão a entender, o administrador da Caixa Agrícola de Alcobaça é também administrador na Caixa Central de Lisboa e pretende centrar na sua região todos os clientes de Santarém, extinguindo também a sede social da Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Centro e os postos de trabalho.Essa medida, a concretizar-se, fará com que os clientes da CCARC tenham que negociar com Alcobaça: o que poderá criar alguma insatisfação, por os clientes não estarem minimamente identificados com aquela região, para mais sendo o Ribatejo uma zona agrícola por excelência. A desconfiança alastra também relativamente ao futuro das dependências de Alcanhões e Pernes. As fontes com quem O MIRANTE falou, e que pediram para não ser identificadas, temem pela extinção desses balcões actualmente dependentes da Caixa de Santarém.No entanto, segundo apurámos, a fusão de caixas agrícolas tem sido uma medida aplicada no país pela administração da Caixa Central, para que a entidade se apresente em condições concorrenciais mínimas no agressivo mercado bancário. Um exemplo que já foi seguido em cidades como Caldas da Rainha e Leiria, que têm a si agregadas, respectivamente, as dependências de Peniche e Óbidos e as de Marinha Grande e Ourém. Outra fonte que está dentro do processo referiu que, ao contrário dos receios que elementos ligados à Caixa de Santarém manifestaram, pode, inclusivamente, dentro de dois ou três anos, vir a ser criado um segundo balcão.O MIRANTE contactou o administrador da Caixa de Crédito Agrícola de Alcobaça para obter esclarecimentos sobre a operação, mas José Maia Alexandre remeteu quaisquer comentários para o Gabinete de Marketing da Caixa Central de Lisboa.
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