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À espera do 112

À espera do 112

Sofreu acidente de trabalho mas a ajuda não chegou

Uma vítima de acidente de trabalho teve de ser transportada para o hospital de Santarém num veículo particular, pois a ambulância pedida não chegou. A PSP garante que comunicou a ocorrência ao INEM. Esta entidade diz que não recebeu qualquer pedido de socorro.

Um funcionário da empresa LEDS – Prestação de Serviços, que operava na fábrica de cerveja da Unicer, em Santarém, sofreu um acidente de trabalho no dia 15 de Setembro e esteve meia hora à espera de uma ambulância que não chegou, tendo acabado por ser levado por um encarregado da empresa para o hospital. A ligação para o número de emergência 112 foi feita logo após o acidente. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) diz que não recebeu qualquer pedido de socorro, mas a PSP de Santarém garante que a ocorrência foi comunicada a esse organismo.Eram 10h49 da manhã. Luís Guilherme trabalhava em cima do contentor de um camião a encher balões para colocar entre as paletes de bebidas. Já tinha enchido seis e faltavam outros três quando um dos balões rebentou. O funcionário caiu desamparado, de cabeça, de uma altura de cerca de metro e meio, entre as paletes.Em resultado da queda Luís Guilherme sofreu um ferimento na cabeça, com o sangue a escorrer intensamente. Um encarregado da fábrica ligou para o 112 às 10h49, de um telemóvel, a chamar uma ambulância, enquanto o acidentado tentava suster o sangue com um pano.Três minutos depois, desta vez de telefone fixo, voltaram a ligar para confirmar a ida da ambulância. Mas o tempo foi passando e o veículo de emergência tardava em chegar, com a espera a prolongar-se até perto das 11h25, quando disseram “basta”. Luís Guilherme foi colocado num veículo da empresa e conduzido ao Hospital de Santarém. Ali foi atendido de imediato, onde lhe realizaram radiografias à cabeça que nada acusaram. Mas Luís Guilherme acabou regressar a casa com cinco pontos na cabeça. Além dos óculos riscados e da placa com problemas.O que mais revolta o funcionário é o facto de, em meia hora de espera, não ter chegado qualquer ambulância. “Podia ter sido uma situação mais grave, já que caí de cabeça e nem sequer apareceram. Na portaria da fábrica disseram-me que até às 12h30, pelo menos, não tinha chegado qualquer ambulância”, conta. O MIRANTE contactou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que, através do responsável do gabinete de comunicação, Pedro Santos, referiu não ter havido qualquer registo de chamadas dos dois números em causa naquele dia.Informação contrária à prestada pelo responsável do gabinete de relações públicas do Comando da PSP de Santarém, subcomissário Vítor Catulo, que confirmou ter sido recebida uma chamada às 10h52 de dia 15 de Setembro a requisitar uma ambulância para a fábrica da Unicer. Chamada essa que, segundos depois, foi encaminhada para o INEM, tendo sido atendida.
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