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Samora está imparável

Goleada poderia ter sido mais expressiva

O Samora é a grande surpresa deste campeonato. Com uma equipa que nasceu quase do zero e formada por vários jogadores da terra, os samorenses golearam o Ferroviários e partilham a liderança com o Amiense e com um pleno de nove pontos em três jogos.

Foi debaixo de um calor tórrido que o Samora alcançou a sua terceira vitória consecutiva esta época. Desta vez a vítima foi o Ferroviários que sofreu uma mão cheia de golos e não conseguiu o merecido tento de honra. A goleada foi justa e só pecou por não ter sido mais gorda, tantas foram as oportunidades desperdiçadas pelos samorenses na cara do golo.Pela forma como o jogo começou, nada fazia prever tanta facilidade para os locais. A jovem formação do Entroncamento entrou com garra e, com um 4x4x2, obrigou os locais a recuarem e a aperfeiçoarem as marcações. Mas foi sol de pouca dura. Os samorenses perceberam que tinham mais conjunto, abriram o livro, e começaram a trocar a bola sobre um relvado bem tratado.Os golos apareceram com naturalidade. Aos 19 minutos, num lance de bola parada, o capitão Félix foi lá à frente e cabeceou perfeito para o fundo das malhas, perante a passividade dos defesas contrários. Um golo dedicado à família que assistia ao jogo. Estava aberto o caminho da goleada. Menos de 10 minutos depois, Marmelo, avançado que veio de Alhandra, estava no sítio certo e concluiu uma jogada de ataque ao segundo poste.O Ferroviários reagiu, foi à procura do golo e, ainda antes dos 40 minutos, reclamou uma grande penalidade. Pedro Rodrigues caminhava na área e foi tocado pelo defesa. Era um dos lances em que gostávamos de ver a repetição em câmara lenta. A ser pénalti poderia alterar a história do jogo. Ainda antes do descanso, Franklim e Paulo Sérgio proporcionaram duas excelentes defesas ao guarda-redes Telmo. Numa tarde acertada, a estrelinha acompanhou os locais. Quando alguns adeptos regressavam do bar, já se festejava o terceiro golo. Bexiga rompeu pela direita, olhou para o guarda-redes e colocou no lado mais difícil. Foi um duro golpe para os jovens do Ferroviários que levaram algum tempo a levantar a cabeça. Os pupilos de Meszaros não conseguiram incomodar a defesa samorense, onde Tiago se integrou bem.Com um resultado folgado e debaixo de um calor intenso, alguns jogadores do Samora aconselhavam os colegas a meterem gelo, ou seja, a quebrarem o jogo a meio campo para permitir melhores recuperações. Alguns atletas de ambas as formações evidenciavam “falta de gás” porque a época ainda mal começou e a primeira parte foi exigente. Quando se aproximou a primeira hora de jogo, Camora, um jovem talento fruto da formação do Samora, fez o quarto golo. Um quarto de hora depois foi descansar. Os dois treinadores esgotaram as substituições. Meszaros tentou reforçar o meio campo e arriscou mais na frente e Rui Santos respondeu com dois alas rápidos que abriram a frente de ataque e deram alguma velocidade ao jogo.A melhor ocasião do Ferroviários pertenceu a Diogo aos 84 minutos. Com a baliza aberta rematou sobre a barra. Já perto do final Castro fechou a contagem e recebeu o prémio para a boa exibição produzida.A arbitragem passou despercebida. Ficou a dúvida no lance de possível grande penalidade para o Ferroviários.

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