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Ambientalistas colocam reservas no mouchão da Póvoa

Ambientalistas colocam reservas no mouchão da Póvoa

Informação dada pela câmara foi posta em causa

Os ambientalistas negam ter dado luz verde à proposta para um empreendimento de turismo ecológico no Mouchão da Póvoa. Cinco associações puseram em causa a informação usada pela Câmara de Vila Franca para aprovar o interesse público do projecto.

Cinco organizações ambientalistas negaram ter dado o seu aval ao projecto turístico para o mouchão da Póvoa. O comunicado contrariou a posição da Câmara de Vila Franca de Xira que aprovou (com os votos contra da CDU) o interesse público do projecto influenciada também pela concordância dos ambientalistas.As associações - Liga para a Protecção da Natureza (LPN), GEOTA, QUERCUS, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e Xiradania (Movimento de Cidadania Vilafranquense) - admitem ter tido conhecimento “informal” da proposta, mas referem “não se tratar de um projecto devidamente fundamentado sobre o qual se possa emitir um parecer”.A proposta para a exploração turística do Mouchão da Póvoa partiu de um promotor privado que pretende instalar no local 140 unidades turísticas de alojamento isoladas (em casas de madeira), 50 unidades de alojamento geminadas/bungalows, um campo de golfe ecológico, uma piscina com água do rio, seis postos de observação de aves, boxes para cavalos e espaços de diversão para crianças.O empresário Paulo Andrez, representante da sociedade Lagonda SA, garantiu que a impermeabilização dos terrenos será na ordem de 0,06 por cento e a área de construção ocupará só 0,37 por cento da área total.No entanto, os ambientalistas afirmam que, “a proposta não foi estudada nem apoiada por nenhuma destas organizações”.Para os signatários do comunicado, só quando o projecto tramitar o competente processo de licenciamento e for sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental estarão estas organizações em condições de emitir um parecer fundamentado sobre o mesmo.Os ambientalistas demarcam-se assim de declarações proferidas pela presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, afirmando que estas organizações veriam com agrado a intervenção no mouchão e teriam mesmo manifestado apoio ao projecto.De acordo com o comunicado, as associações “limitaram-se a declarar a sua posição de princípio de concordância com o chamado turismo de natureza”, desde que os promotores preservem os valores ambientais existentes.A proposta, acrescentam, merece mesmo algumas reservas, já que resultaria numa alteração “radical do tipo de uso do solo”.O mouchão da Póvoa foi classificado como Reserva Natural do Estuário do Tejo, Zona de Protecção Especial, Sítio da Rede Natura 2000 “Estuário do Tejo” e está sujeito a condicionantes por estar abrangido por zonas de Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN).
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