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Autarcas e empresários reivindicam variante à EN 3

Santarém e Cartaxo querem que o Governo contemple a obra no orçamento de 2005
Autarcas e empresários dos concelhos de Santarém e do Cartaxo reivindicaram quinta-feira a inscrição da variante à estrada nacional 3 entre as duas cidades no orçamento de Estado para 2005, pedindo que o Governo a considere de “prioridade máxima”.O pedido foi feito numa conferência de imprensa que juntou o presidente da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), José Sousa Gomes, os presidentes das câmaras municipais de Santarém, Rui Barreiro, e do Cartaxo, Paulo Caldas, e os presidentes dos núcleos empresariais das duas cidades.Recordando que se trata de uma reivindicação “com mais de oito anos”, os participantes no encontro realçaram que o condicionamento imposto ao tráfego na ponte da Asseca (com circulação alternada e trânsito condicionado a menos de 20 toneladas) agravou o estrangulamento que já se fazia sentir numa via que se “transformou num arruamento urbano desde o Carregado até Santarém”.Rui Barreiro (PS) lamentou que na reunião que teve recentemente no Instituto de Estradas de Portugal (IEP) lhe tenha sido dito “taxativamente” que esta “não era uma prioridade”, uma resposta que, afirmou, “não pode ser aceite por quem diariamente utiliza” a EN 3.O autarca escalabitano disse esperar que o Governo cumpra uma das formalidades com que se comprometeu com a criação das comunidades urbanas, dizendo acreditar que as obras para a Lezíria a inscrever no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (Piddac) para 2005 serão submetidas a parecer prévio da CULT.Também Paulo Caldas considerou inaceitável o “impasse” em relação a esta obra, recordando que as informações que possui do IEP são as de que o projecto de execução foi faseado.Segundo referiu, o trajecto entre a Azambuja e o Cartaxo está a ser reformulado e não existe sequer estudo prévio para o troço entre o Cartaxo e Santarém.“Tanto o Cartaxo como Santarém entendem que a variante deve ser feita de uma só vez”, afirmou, sublinhando que, a avançar a primeira fase prevista, os estrangulamentos no Vale de Santarém e na ponte da Asseca permaneceriam, mantendo-se “os problemas graves de circulação” existentes.Paulo Caldas disse ainda ser inexplicável que, a par da situação na EN3, o IEP tenha decidido condicionar ao mesmo tempo um conjunto de viadutos, alguns em vias de grande tráfego, como é o caso da ponte da Asseca, e outros de grande utilização pelas populações, sobretudo em época de campanha agrícola.Como exemplos citou as pontes de Santana, Reguengo, Azambuja e Freiria, a que Rui Barreiro juntou a ponte D. Luís, em Santarém.Os presidentes dos núcleos da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) em Santarém e no Cartaxo, João Lucas e José Arruda, lamentaram a situação “caótica” que se vive na ponte da Asseca, com implicações tanto na mobilidade das pessoas que residem e trabalham nos dois concelhos como na vida económica das empresas.José Arruda sublinhou que, com esse estrangulamento, uma deslocação do Cartaxo para a capital do distrito, com a qual existem grandes ligações em termos empresariais, chega a demorar mais tempo do que uma ida a Lisboa.Os “prejuízos reais” decorrentes desta situação são “elevadíssimos”, frisou João Lucas. “Esta zona tem uma localização geográfica fantástica, na rota dos principais eixos rodoviários, mas os investimentos não podem ser só feitos nas principais vias, mas também nas internas, que ligam os concelhos”, afirmou.O MIRANTE/Lusa

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