No vosso jornal de 2/9/2004, na página 14, acerca do artigo com o título “Rumo ao esgotamento”, tenho a seguinte opinião.Na vida actual as pessoas querem viver depressa demais e muitas vezes dão origem a crises de ansiedade ou stress como lhe queiram chamar. Querem ter tudo ao mesmo tempo e quem não tem meios e tem de recorrer ao crédito tem que pensar bem e com cuidado. Desejar ter uma casa é desejo de toda a gente e é justo, mas querer também ter carro e outras coisas tudo ao mesmo tempo pode trazer preocupações. Para evitar isto, os desejos têm de ser faseados e bem pensados pelas pessoas quando não são ricas.Sobre tudo isto, a reportagem indica que há pessoas a trabalhar 16 horas, porque a vida é mais exigente e os patrões querem mais e sempre mais (…).Hoje infelizmente temos mais patrões e mais empresários, temos tecnocratas e não técnicos, e não é disto que nós precisamos, mas sim de bons empresários e técnicos.A mentalidade dos que exploram quem trabalha é dar-lhes a miséria como castigo e a pobreza como bênção para dominar a seu belo prazer. E nisso estão bem acompanhados com os governos e outros quejandos que temos tido.Veio dinheiro às carradas para formação profissional e os profissionais nada usufruíram e os que receberam esse dinheiro medraram mas as empresas foram para a falência.Senhor Director, muita coisa a Imprensa tem a fazer para que este país não seja do terceiro mundo encravado na Europa, nem um lugar mal frequentado, como dizia Eça de Queiroz.António Henrique de Oliveira Castanheta - Cartaxo