A Igreja de Santa Maria dos Olivais, com a sua torre de menagem, é o monumento mais emblemático da freguesia. É o orgulho do presidente mas poderia estar muito melhor tratada. Não se entende por exemplo a não existência de uma única casa de banho. A junta de freguesia tentou construir uma na torre de menagem, que tem a particularidade de estar desligada do corpo da igreja, situando-se em frente às escadarias que dão acesso à entrada principal do templo, mas “altas vozes” se levantaram contra a pretensão.E não foram as vozes dos responsáveis do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), que até aprovaram o projecto. Afinal sempre se daria alguma utilidade à torre, cujo interior está bastante degradado.Não, as vozes foram de alguns ilustres tomarenses e tiveram tanto peso que acabaram por vencer. Quem for à missa e ficar aflito vai continuar a ter de procurar a casa de banho do café mais próximo.Enquanto isso, a torre continua em contínua degradação. O último acto digno de registo ali efectuado foi o suicídio de um idoso do concelho, que escolheu precisamente o ex libris da freguesia de Santa Maria para pôr fim à vida.Se o espaço interior da igreja precisa de alguns melhoramentos, a envolvente exterior tem dado muitas dores de cabeça, particularmente ao pároco da freguesia, devido ao facto de estar a ser utilizado como estacionamento automóvel e muitas vezes de venda ambulante desde que o mercado semanal se mudou para as proximidades. “O senhor prior foi ao ar quando um dia não conseguiu sequer entrar na igreja”, admitiu o presidente da junta que tem já um projecto em marcha para a requalificação do espaço. E que inclui, obviamente, uma ou várias casas de banho.