uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Revolta em Mação

Contestação em várias frentes contra portagens na A 23

A anunciada instalação de portagens na auto-estrada 23 provocou uma onda de revolta em Mação, um dos concelhos atravessados por essa via. Da câmara aos partidos políticos, é unânime a indignação.

A Câmara Municipal de Mação aprovou, por unanimidade, na sexta-feira, uma moção onde avisa que vai “utilizar todos os meios legais para impedir a introdução de portagens na A 23”. A autarquia, liderada por Saldanha Rocha (PSD), considera que a recente decisão do Governo constituirá “um entrave ao desenvolvimento do concelho”.Na moção, chama-se por isso a atenção ao primeiro-ministro “para a necessidade de respeitar a palavra dos seus antecessores”. Uma forma de recordar os compromissos de António Guterres e de Durão Barroso de que a auto-estrada que liga Torres Novas à Guarda jamais poderia ser objecto de portagens, por se tratar de uma via de estratégica para o desenvolvimento de uma região deprimida. “A palavra dos homens, quando de honra, deve ser honrada”, diz o executivo municipal de Mação.A concelhia de Mação do PSD também repudiou a decisão do Governo e decidiu não aderir ao “Dia Aberto” promovido pelo partido, que teve lugar no sábado. Tratou-se da primeira acção de protesto concreta face à anunciada instalação de portagens na Autoestrada 23, que cruza aquele concelho, bem como nas outras autoestradas sem custos para o utilizador.Os social-democratas de Mação disponibilizam-se ainda para, em conjunto com a população, “tudo fazer para que a decisão tomada não tenha efeitos práticos” e recomendam à câmara para tomar todas as providências “no sentido de se evitar esta injustiça”Para além de não abrir a sede à população, como estava previsto na iniciativa de âmbito nacional promovida pelo secretário-geral do PSD, os social-democratas de Mação ainda colocaram uma faixa negra no edifício. Um “sinal de repúdio pela decisão tomada” pelo Governo, adiantaram em comunicado. “Marginalizados e deprimidos durante décadas, agora que lentamente levantávamos a cabeça são os nossos companheiros de partido a obrigar-nos a cair de novo levantando a hipótese de taxar a A 23”, lê-se no mesmo texto, onde se lamenta que o actual Governo pretenda contrariar aquilo que anteriores governantes “repetidamente afirmaram”.O PSD de Mação, que é igualmente presidido por Saldanha Rocha, recorda que a A 23 não tem nenhuma via alternativa e que, como a implantação de portagens entre Abrantes e Guarda, “o futuro de toda esta zona seria hipotecado ou pelo menos adiado”.

Mais Notícias

    A carregar...