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Trabalhadores devolveram indemnizações à empresa

Despedimento colectivo na Prosegur de Torres Novas contestado
Os funcionários da delegação de Torres Vedras da Prosegur devolveram à empresa de segurança privada as indemnizações que tinham recebido na sequência do despedimento colectivo, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas.“Os trabalhadores não aceitaram o despedimento colectivo e, como tal, também não podiam aceitar as verbas a que tinham direito. Se ficassem com o dinheiro, isso representaria uma aceitação implícita do despedimento colectivo”, adiantou Carlos Trindade, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD).A Prosegur encerrou sexta-feira a sua delegação de Torres Novas porque 12 trabalhadores locais não aceitaram novos horários de trabalho, segundo o director de Recursos Humanos da empresa, Luís Silva.Em causa está a recusa por 12 dos 19 trabalhadores da Prosegur em Torres Novas de horários rotativos sem remuneração suplementar.Segundo o sindicalista Carlos Trindade, “este despedimento colectivo só tem como verdadeiro motivo a vingança da administração da Prosegur contra a legítima recusa dos trabalhadores em alterarem o seu horário de trabalho para um outro que lhes criava elevados prejuízos pessoais e familiares”.O director de Recursos Humanos da Prosegur, Luís Silva, contrapõe que “a delegação de Torres Novas não tem viabilidade sem a flexibilização de horários, que, de resto, foi aceite pelos trabalhadores das outras seis delegações da Prosegur”.O STAD acusa a Prosegur de “terrorismo social”, mas Luís Silva realça que a firma “garante 5.400 postos de trabalho, cerca de 95 por cento dos seus trabalhadores têm contrato permanente, está entre os dez maiores empregadores do país e é uma empresa séria e respeitadora da lei”.O Sindicato apresentou, entretanto, a questão deste despedimento colectivo à Subcomissão Parlamentar do Trabalho da Assembleia da República, que “prometeu fazer diligências” junto do Ministério dos Assuntos Económicos e do Trabalho, segundo Carlos Trindade.Dirigentes do STAD reuniram-se também com responsáveis da Juventude Operária Católica e da Liga Operária Católica, que “prometeram solidariedade” aos trabalhadores despedidos da Prosegur.O STAD marcou para o dia 19 uma concentração em frente da sede da Prosegur, em Lisboa, para protestar contra o despedimento colectivo daqueles trabalhadores.Aquela estrutura sindical, afecta à CGTP, já exigiu a intervenção do Governo para a “imediata revogação” do despedimento colectivo na filial de Torres Novas da Prosegur.O dirigente do STAD Carlos Trindade disse à Agência Lusa que “a administração da Prosegur pode contar com a luta dos trabalhadores, os protestos vão continuar e haverá recursos para as instâncias judiciais contra as acções ilegais da empresa”.Lusa

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