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A hora da mudança

O PS já é, hoje, uma alternativa de Governo. Seja daqui a 2 anos ou a 2 meses, a nova liderança, os projectos e o programa de Governo (a serem trabalhados desde inícios de 2002) tornam o Partido Socialista a melhor referência de estabilidade e progresso para governar todos os portugueses.Acredito, portanto, na esperança e confiança do País e dos nossos concidadãos num modelo de desenvolvimento diferente daquele que é hoje apresentado por esta coligação de direita que nos governa.À falta de estratégia, de rumo, de liderança e de um projecto de desenvolvimento sustentado para Portugal, existente nos dias que correm, deve contrapor-se um modelo de desenvolvimento diferente.Um modelo que aposte nas pessoas e nos seus problemas específicos.Um modelo que, desde sempre preconizado pelo PS, defenda um projecto de construção europeia mas também, acrescente e valorize a nossa vocação atlantista.Um modelo que, sem preconceitos ideológico – partidários, defenda as empresas e a sua competitividade (pela bonificação fiscal e pela flexibilidade laboral) – só assim se faz crescer a produtividade, tão necessária à nossa economia interna e externa.Um modelo que responsabilize a Administração do Estado, aos mais diversos níveis – que tenha a coragem de regionalizar e descentralizar competências e meios e que reforce o municipalismo. Os efeitos ao nível da saúde, da educação, da acção social e do ambiente e ordenamento do território poderão não ser imediatos mas serão, certamente, proveitosos e duradouros para a população que servimos.Um modelo que premeie a excelência e a inovação, de pessoas e organizações.A melhor forma de combater o desemprego é qualificar o trabalho, não só ao nível superior mas, fundamentalmente ao nível técnico e profissional. O ensino tem de ser reformado, de uma forma integrada do 1º.ciclo ao superior.Um modelo que seja gerador de oportunidades para os mais carenciados (que não passa, obrigatoriamente, pela subsídio – dependência), valorizador da sua integração social, com base nas suas competências trabalhadas - obrigando, necessariamente, à imposição da corajosa reforma fiscal e da segurança social que imponha, definitivamente, a progressividade dos impostos para as classes mais altas de rendimentos. A redistribuição da riqueza passa, sem qualquer dúvida, por esta partilha de responsabilidades ( “ O Contracto Social ”, de Rousseau).Um modelo que valorize o primado do Estado, como entidade reguladora, e da iniciativa privada, cidadãos e empresas, como agentes de dinâmica social.O Partido Socialista, referência de uma estabilidade política, económica e social, deve e vai certamente apresentar-se ao País, como líder de um projecto aberto, pluralista (defendido pela criação do Fórum Novas Fronteiras) que conta com todos os portugueses.O reconhecimento das dificuldades do País, algumas delas seculares, que têm passado de Governo para Governo, é condição imprescindível para este novo modelo de desenvolvimento para Portugal.Um modelo que valoriza os nossos cidadãos e organizações e cada um dos seus problemas específicos, atacando-os, de forma precisa e rigorosa, firme e determinada.Um modelo que não promete nem se compromete às tão famosas reformas estruturantes, nas quais a maioria dos portugueses já não acredita.Um modelo simples, quase identificando uma lista de problemas e necessidades dos portugueses, nas suas áreas de vivência, e satisfazendo, uma por uma, as mesmas ambições com soluções pensadas e duradouras. Um modelo de responsabilidade e solidariedade social que se baseia, obrigatoriamente, numa sociedade de compromissos.Entre o Estado e as empresas, entre estas e os cidadãos e também entre estes.Precisamos de um Portugal moderno, cuja acção reformista se baseie, fundamentalmente, no primado do indivíduo e das organizações.Precisamos afinal de um Não Modelo - só assim todos nós, portugueses, nos sentiremos parte integrante da solução desse Portugal diferente.Paulo Caldas

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