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Tomar cria mais um museu

Tomar cria mais um museu

Município aguarda saída da PSP para expor obras de Maria de Lurdes Mello e Castro

Tomar vai ter um novo museu municipal, com o espólio de Maria de Lurdes Mello e Castro. Para concretizar o investimento o município aguarda apenas que a Polícia de Segurança Pública deixe o edifício camarário que actualmente ocupa, espaço eleito para albergar as obras da pintora.

A Câmara de Tomar quer criar um novo museu municipal, dando a conhecer ao público o espólio da pintora Maria de Lurdes Mello e Castro. A intenção do município já foi comunicada à família da pintora que aprovou a decisão.A constituição deste museu só ainda não avançou na prática porque falta a autarquia garantir um espaço condigno para expor as obras. Apesar de haver várias hipóteses em cima da mesa, o edifício onde actualmente funciona a secção da Polícia de Segurança Pública (PSP) da cidade, na rua Dr. Sousa, junto aos Paços do Concelho, é a escolha mais consensual.Mas para isso a PSP tem de desocupar o espaço. Há cerca de um ano que se iniciaram negociações para a deslocação da força de segurança para o antigo anexo do hospital, situado na zona nova da cidade. As negociações entre os ministérios da Administração Interna e da Saúde prolongaram-se durante meses mas o espaço acabou por ser cedido.Apesar de haver verba já destinada para as necessárias obras de adaptação do edifício, a verdade é que as referidas obras ainda não arrancaram. E a PSP continua instalada num edifício camarário. O mesmo que agora a autarquia pretende reverter para fins mais culturais.O vereador com o pelouro dos museus – que lhe foi atribuí-do na reunião de câmara de segunda-feira - recusa a tese de que a pretensão da criação do novo museu seja mais uma forma de pressão para a saída da PSP daquele local.Em declarações ao nosso jornal, Ivo Santos referiu que a criação de um museu que congregue o extenso e valioso espólio da pintora Maria de Lurdes Mello e Castro é uma velha intenção da câmara que só não avançou por falta de espaços camarários. “O edifício onde está sediada a PSP é o melhor local, nomeadamente porque está próximo dos restantes museus municipais, mas não é condição obrigatória para a sua concretização”.Apesar de afirmar não estar dependente da saída da PSP, o vereador afirma que a partir do momento em que as instalações estiverem disponíveis – ao que tudo indica só no próximo ano – avança-se com o processo.Ivo Santos diz ser um desperdício o público não poder apreciar as obras que Maria de Lurdes Mello e Castro, ilustre tomarense, juntou ao longo dos anos. A própria autarquia tem já algumas dessas obras em seu poder mas a maioria do espólio ainda é pertença da família. Que já tem conhecimento da intenção da câmara e está disponível, segundo o vereador, para ceder o espólio da mais famosa pintora tomarense, discípula de José Malhoa e falecida na década de 90.A criação de mais um museu municipal, o quinto, vai ao encontro de uma futura candidatura da Câmara de Tomar a Capital Europeia da Cultura, em 2012.Actualmente o município detém o Museu dos Fósforos, de Aquiles da Mota Lima, o Museu de Arte Contemporânea com as obras do professor José-Augusto França (o único até agora integrado na rede nacional de museus), o Núcleo de Arte Moderna, situado nos Paços do Concelho, e o Museu João Castilho.Este último, situado no primeiro andar do edifício do turismo, na avenida Cândido Madureira, tem estado inactivo, já que as suas peças estão a ser recuperadas no espaço que antes servia de exposição.De acordo com Ivo Santos o museu tem reabertura prevista, no mesmo espaço, para o próximo ano.Margarida Cabeleira
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